domingo, 29 de novembro de 2009

O ROBERTO, O ROBERTO !!!!!!!!!

Hoje o Papo na Colina começa uma nova série. Estaremos publicando textos de amigos e leitores que estão por aqui com a gente. Começamos por um grande amigo de Fortaleza. O Antonio é vascaíno praticante, como ele mesmo faz questão de frisar. Veio de família de vascaínos, e, mesmo longe do Rio, acompanha o VASCO de perto, sempre que pode. O texto fala da incrível final do campeonato carioca de 1981. A segunda partida, antológica, foi disputada numa quarta feira à noite, chuvosa. Muito chuvosa. Mas o resto, o Antonio conta...

Por Antonio Estevam Neiva

"Era o dia 2/dezembro/1981, uma quarta feira, e o professor de processo civil insistia em não acabar a aula do horário CD noite, muito embora ocorrendo o segundo jogo da final do campeonato carioca entre VASCO e Flamengo.

O VASCO havia vencido o primeiro jogo e necessitava de mais duas vitórias, por conta de um regulamento maluco, para sagrar-se campeão.

Terminada a aula, peguei um DOJÃO (Dodge Dart) que tinha, na verdade USAVA, pois pertencia ao meu adorao pai, e voei para casa.

Acho que dava para ver o marcador de gasolina baixando, pois os 208 HP de um motor V8 bebiam mais que pinguço em carnaval.

Cheguei em casa e não havia ninguém. Haviam todos, imaginava, saído pra casa do cunhao do meu irmão mais velhopara um compromisso social, e lá assistir o jogo. IMAGINEI que não havia ninguém em casa.

Quando cheguei, o jogo já estava praticamente nos 10/15 minutos finais.

A tensão era imensa. O marcador não saia o "ôcho" - 0x0, como dizia o falecido comentarista Geraldo Brêtas, de São Paulo, da extinta Tv Tupy.

A pressão vascaína grande, e o Flamengo de Zico e CIA resistino a tudo.

A chuva que caia no Maracanã era de matar sapo afogado, parecendo que o campo era despojado de drenagem.

43 minutos o segundo tempo, e uma bola mal cabeceada por um zagueiro do Flamengo chamado DEQUINHA sobrou nos pés o Roberto Dinamite, que avançou e marcou um gol sensacional e importante, transferindo heroicamente a final para o domingo.

Fiquei louco dentro de casa, gritando gol aos berros, com a vitalidade dos pulmões de quem nunca fumou e com apenas 18 anos.

Foram gritos estridentes, acho que ensurdecedores, daqueles que acordam a vizinhança, além de corrias e pulos loucos dentro de casa.

Nisso abre uma porta e vejo uma senhora de "chambre - é o novo", ofegante, apavorada com os gritos, sair o quarto que era da minha irmã, com a mão no peito e perguntando o que tinha acontecido.

Eu não parava e gritar e somente respondia: O ROBERTO, o ROBERTO, o ROBERTO...

Ela perguntou: Que Roberto, que Roberto, morreu, morreu ?????????

Eu disse não, O Roberto marcou um gol.

Ela verdadeiramente apavorada voltou para o quarto, com a respiração ainda ofegante e me repreendeu com veemência.

Era minha querida avó Ritinha, que passava uns dias conosco e não aceitou o convite para sair, tendo ficado sozinha em casa.

Para quem conheceu minha avó, ela deu um suspiro que era algo como "chipáááááááá"...

Saudades grandes, dela e do meu pai, que juntos estão no céu."

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* Parabéns aos jovens jogadores dos juniores do VASCO que venceram o tradicional OPG, torneio de fim de ano, na final contra o Madureira.

* Em tempo - Nossa homenagem ao grande AMÉRICA. Seja bem vindo de volta à primeira divisão do campeonato carioca.

* Vi grandes times do América. Lembro bem das finais o campeonato carioca de 1982, vencido pelo VASCO. Um dos jogos finais foi contra o Mequinha. Maracanã cheio e a torcia rubra ocupando sua metade da arquibancada. Saaaaangueeee, Saaaaangueeee...era o grito de guerra que se ouvia alto. Eta, eta, eta, é sangue de .... era a resposta que nossa torcida dava imediatamente. Bons tempos. Grande América.

sábado, 28 de novembro de 2009

MELANCÓLICO...

Graças a Deus o pesadelo acabou. E acabou com a cara da série B, de forma melancólica. Sei que vai haver aqueles que vão ler essas linhas e vão dizer - Cara, tu é muito exigente, fomos campeões. Porra, não sou VASCO para sublimar derrotas para times que lutam para não cair para a 3ª DIVISÃO. Esperava 2 vitórias nas duas últimas rodadas da competição. Vi o time jogar um futebol descompromissado, desinteressado e digno de 2ª divisão. Mas isso serviu para deixar bem claro, sem dúvidas, que o elenco é fraco. Repetimos isso à exaustão por aqui. Ano novo, vida nova, elenco novo. Ou quase todo novo. Precisamos de muitos reforços de qualidade. Pelo menos uns seis jogadores para serem titulares. A diretoria tem um mês para, a exemplo do ano passado, montar um time para voltarmos a disputar títulos. É o que a nação vascaína espera. É o que o VASCO merece.

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CRÔNICA DE UM DIVÓRCIO ANUNCIADO

Aqui estou eu de volta. Após um breve descanso volto para falar do fim da "Era Dorival Junior". Hoje à tarde, na casa do presidente, chegou ao fim o casamento do Dorival com o VASCO. Por que não houve a renovação? Tenho a informação e vou dividí-la com o leitor do "Papo na Colina". Antes de esclarecer o que houve, cumpre lembrar um fenômeno que ajuda a entender o ocorrido. É de conhecimento de todos que há pouco menos de 2 anos atrás, o VASCO viu encerrar o reinado do Eurico Miranda. Encerraram-se também as enormes restrições que a imprensa enfrentava para fazer seu trabalho de informar o torcedor acerca do dia-a-dia vascaíno. Roberto, de espírito conciliador e democrático, permite que esse trabalho seja feito sem obstáculos, o que é ótimo e admirável. Acontece que alguns ajustes precisam ser feitos. Essa liberdade recente permitiu à imprensa ter acesso a algumas informações, nem sempre de fontes confiáveis, que acabaram por tumultuar o ambiente em alguns momentos. E foi exatamente isso que causou o desgaste irreparável que acabou por afastar o Dorival Júnior do VASCO.

Não é de hoje que o comandante se aborrece com algumas informações que são divulgadas na imprensa. Muitas delas, que não poderiam ter vazado, por pouco não atrapalharam o desenvolvimento do trabalho. Não fosse a habilidade do Rodrigo Caetano e a paciência e boa vontade do próprio Dorival, o caldo poderia ter entornado antes. Mas as informações divulgadas essa semana selaram o destino da relação VASCO x Dorival. A diretoria vascaína não engoliu a notícia de que o presidente do Grêmio havia considerado a pedida do técnico vascaíno alta. Ora, se houve uma recusa é porque houve uma proposta. E como pode o Dorival negociar com o Grêmio, a ponto de estipular valor de salário, se ainda tem contrato com o VASCO e sequer ouviu as condições que a diretoria pretendia oferecer para mantê-lo? O Dorival jura que não tratou de salário com o Grêmio, e não escondeu a irritação com a divulgação de suas negociações com o time de Porto Alegre. O vice de Futebol do VASCO, por sua vez, não escondeu o descontentamento com as possíveis conversas entre Dorival e o Grêmio. Como confiança é condição sine qua non para uma relação dessa natureza, e ficou arranhada depois desse episódio, ambas as partes optaram pelo fim amigável da relação. Eis aí.

O VASCO segue seu caminho. Sua história de 111 anos permite afirmar que seguiremos vivos. O Dorival fez um excelente trabalho. Merece nossa gratidão e nossos votos mais sinceros de felicidade e sucesso. O novo comandante chega com a responsabilidade de dar continuidade ao ótimo trabalho deixado. Minha opinião pessoal: Foi bom. Já havia sinais de desgaste. Dorival havia extraído o máximo possível desse elenco limitado. Vida que segue. Vários nomes cogitados. Aposto em Silas. Podem me cobrar depois.

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* A média de público do VASCO em jogos no Maracanã superou os 50 mil pagantes. Defendi a estréia na série B no maior do mundo. Continuo defendendo jogar sempre que possível lá. São Januário é bom pra jogo encardido, tipo Libertadores. Aí o caldeirão ferve e faz a diferença.

* As especulações seguem quentes. Não vamos esquecer que ano passado essa diretoria encerrou o ano com menos de dez jogadores no elenco. O trabalho foi feito e o resultado todos viram. As expectativas da torcida esse ano são maiores. Da diretoria também. Deixa os caras trabalharem...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O FIM DE SEMANA.

Sábado no Maracanã, o VASCO não foi o que eu esperava. Admito que alimentei falsas expectativas porque permiti que a paixão de torcedor falasse mais alto que a razão. Esse time do VASCO, mesmo com todos os titulares, não é capaz de jogar um futebol bonito e envolvente. Mesmo em circunstâncias muito favoráveis, como foram as circunstâncias de sábado. Jogamos contra um time ruim e virtualmente eliminado, sem pretensões reais. E nem assim fomos capazes de vencer, imagina jogar um futebol vistoso. O que me deixou indignado foi a falta de compromisso da maioria dos jogadores em campo. É preciso que se diga, mais uma vez: Não importa o adversário nem o campeonato, o VASCO tem sempre a obrigação da vitória. É com esse espírito que os jogadores que envergam o manto cruzmaltino devem entrar em campo. Sabemos que é impossível vencer indefinidamente. A derrota faz parte da caminhada. O que não podemos admitir é falta de compromisso com a vitória. Nunca. Nem em jogo de entrega de faixas, como foi sábado.

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Defendo uma lógica, um pouco contestada por outros vascaínos, acerca do rebaixamento do flu e do bota. Não quero que nem um, nem outro caia. Explico porque: Tenho esperanças que em 2010 o VASCO entre no brasileiro para disputar o título. Na realização desse feito, ter flu e bota na primeirona significa ter mais dois jogos no Rio, com maioria de torcedores do VASCO, como sempre acontece em duelos contra esses rivais, e ainda, são dois adversários contra quem estamos acostumados a ter sucesso. Esses dois jogos a mais no Rio, além de significar duas viagens a menos e, logo, mais descando para o time, podem significar os seis pontos que farão a diferença na hora de levantar a taça. Claro que concordo que um time que almeja realmente ser campeão não deve escolher adversário nem campo. Entra, joga e ganha. Mas vocês hão de convir, ganhar na presença contagiante da nossa torcida é bem melhor.

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Os clubes do Rio estão conseguindo fazer uma excelente campanha nesse fim de campeonato. Mas não se enganem, isso se deve muito mais ao péssimo nível dos adversários que à melhora sensível das administrações do futebol carioca. Continuamos devendo muito, em estrutura, aos outros centros do país. É ilusão acreditar que a beleza e a presença em grande número da torcida carioca, somada ao charme e a "malandragem" do carioca são suficientes para manter os grandes daqui em evidência. Já está mais que provado que não é suficiente. É preciso investir em estrutura, planejamento e profissionalismo. Agora, depois que o Rio tiver isso, sei não. Vai ficar ruim de segurar...

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* Continuam as negociações para a renovação do comandante. As notícias dão conta que o acerto está ficando cada dia mais distante, o que é lamentável.

* VASCO x Ipatinga: 78.609 pagantes; Urubus x Goiás: 78.639 pagantes - 30 torcedores a mais. Considerando que o jogo do VASCO FOI TRANSMITIDO AO VIVO, EM SINAL ABERTO, PARA TODO BRASIL INCLUSIVE O RIO, o recorde é nosso.

* Outro mito foi por terra ontem. O mosaico dizia: A MAIOR TORCIDA DO MUNDO FAZ A DIFERENÇA. Deu pra perceber...85 minutos de silêncio constrangedor no Maraca.

* Já disse isso aqui - há dois tipos de amores verdadeiros. Essa tese se fortaleceu ontem...

* Por favor, Celso Roth NÃO !!!!!!!!!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PENSAMENTOS SOLTOS...

Há 40 anos atrás o Rei do futebol fazia seu milésimo gol. Óbvio que foi num jogo contra o VASCO, clube predestinado aos grandes momentos. Logo ele, o vascaíno, fazendo seu milésimo gol no time que um dia sonhou defender. Por algum capricho dos deuses, ele foi parar no Peixe, e lá fez sua vitoriosa carreira. Mas quem um dia experimentou a sensação de ser vascaíno, nunca mais esquece. A Cruz de Malta, esse símbolo indelével, deixa marcas, pra sempre. O Rei é prova disso. Ao fazer balançar a rede pela milésima vez, adivinhem com que camisa comemorou o gol? Pois é...Pra quem não acredita, aí está a prova.


Foto: Netvasco

Não deve ser coincidência Pelé, Roberto Carlos e Chico Anísio, os grandes do futebol, MPB e humor, respectivamente, serem todos vascaínos. É predestinação mesmo.

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Os Bambis paulistas estão sentindo na pele o que significa ser julgado com severidade pelo STJD. A mesma severidade que nos últimos três anos ceifou as chances dos adversários e deu os títulos de graça àquela corja do Morumbi, hoje se volta contra eles e dificulta, ou quase impossibilita, seu quarto título consecutivo. A outra face dessa moeda, usada no jogo imundo praticado nesse tribunal de pilantras, mostra a tendência cada vez mais forte do título parar na Gávea. A propósito desse assunto, esse que escreve foi interpalado dias desses com a seguinte questão: E aí João, vai secar os urubus ou é pior os bambis serem tetra? Minha resposta, que é o pensamento desse blog: SOU VASCAÍNO. ELES QUE SE EXPLODAM. O que me interessa nesse momento são os dois jogos que nos faltam para encerrar nosso calendário. Depois, é pensar em 2010.

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Hoje comemoramos o dia da bandeira. Então, vá lá - salve o lindo pendão da esperança! Mas isso me faz pensar nos símbolos que representam o VASCO, minha pátria. Sim, sou brasileiro, patriota, mas em primeiro lugar sou vascaíno. Há algum tempo me dei conta que o VASCO é um dos únicos times, senão o único, a não ostentar o escudo do clube na camisa. Isso se dá porque o VASCO possui um símbolo tão forte, tão inconfundível, tão indelével, como foi dito acima, que se sobrepõe até ao escudo, símbolo maior do clube. Senão vejam: O VASCO é alvinegro? Não, o VASCO é cruzmaltino. A Cruz de Malta possui esse poder. Simboliza o VASCO com a mesma eficiência que o escudo. Ambos são belíssimos, ambos são respeitados, ambos são temidos, ambos, onde quer que sejam avistados, significam a mesma coisa: VASCO, com V de vitória.

Lado a lado, duas imagens que representam uma paixão.

E não me venham com essa história de cruz pátea, cruz de Cristo, cruz isso, cruz aquilo. É Cruz de Malta e pronto. Assim quis a nação cruzmaltina, assim vai ser pra eternidade.

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* Uma onda de Vascainismo tomou conta do Rio. Por onde se anda, há uma camisa do VASCO adornando um vascaíno orgulhoso. O Rio fica mais bonito.

* Somos campeões, mas o campeonato não acabou. Lugar de vascaíno sábado é no Maracanã.

* O maçarico anda ligado; o verão ainda nem começou...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

ENFIM, O BOM FUTEBOL.

O VASCO joga sábado contra a Lusa no Maracanã. Joga sem pressão, a não ser a inerente à condição de VASCO - clube compromissado eternamente com a vitória. Já voltamos para nosso lugar costumeiro. Já somos até campeões. É possível que agora, livre das amarras do futebol pragmático, jogando contra um adversário que tem necessidade absoluta da vitória e portanto vai sair pro jogo, a gente consiga ver o VASCO reeditar seu futebol alegre, de muitos gols, de jogadas geniais que há tanto tempo não vemos pelos lados da Colina Histórica.

O VASCO 2009 foi eficiente. Fez os resultados que eram necessários para corrigir os rumos da história. Jogou de forma pragmática. Duas coisas pesaram: A necessidade desesperada de fazer os resultados e a qualidade do elenco que não permitia muitas "firulas". Não quero nem de longe desmerecer esses jogadores que honraram nossa camisa esse ano. Mas seria um ufanismo irracional classificar nosso elenco de brilhante. São, em sua grande maioria, jogadores sérios, dedicados, mas de pouca qualidade técnica. Pra série B, serviu. Com sobras. Já para satisfazer as enormes expectativas da torcida para 2010...

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Já que falamos em reforços para 2010, recomendo a leitura dessa entrevista do Juninho concedida ao jornal O LANCE! e reproduzida no SuperVasco:

http://www.supervasco.com/noticias/juninho-pernambucano-quero-voltar-mas-nao-posso-roubar-o-vasco-58340.html

Observem a sinceridade desse rapaz, vascaíno de corpo e alma: "Não quero roubar o VASCO, só volto se puder contribuir de verdade". Em outro trecho da entrevista, mais uma demonstração de honestidade, daquelas que não se submetem aos chavões nem às verdades criadas pela mídia urubu: "A torcida do VASCO é a melhor do mundo. Falo sem querer fazer média".
O jogador de futebol comum é compelido a dizer que a torcida urubu é a melhor, a mais isso, mais aquilo. O faz porque não tem personalidade, pra fazer média com a imprensa, ou porque não tem caráter mesmo. O craque, de personalidade forte, caráter imaculado, fala o que sente. Não alimenta o paradigma mentiroso. Antes, o contraria, porque o que diz vem do coração. E a propósito - Juninho Pernambucano é o cacete. Pra nós, vascaínos, é Juninho e pronto. Só há um, o ídolo eterno.

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* As informações que chegam dão conta da quase certa renovação do comandante. A diretoria trabalha para dar ao Dorival as garantias de boas condições de trabalho que ele pediu. Feito isso, o contrato será renovado até dezembro de 2010.

* Nos corredores de São Januário circula a certeza de que o VASCO vai mesmo apresentar um nome de impacto para simbolizar o projeto 2010. É esperar pra ver.

* O Cazalber vestiu a camisa. Mais que isso, vestiu o sentimento de ser vascaíno. Honras sejam feitas, e contamos com ele por muito tempo. Está no caminho certo pra entrar pra galeria dos grandes ídolos da história.

* E o Edmundo jogando showbol, hein? Desculpem a falta de criatividade - QUE SHOW !!!!!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando faltava uma rodada para o fim do primeiro turno, escrevi aqui minhas impressões a respeito da competição e fiz alguns prognósticos. Faltavam ainda 20 jogos para cada time. Observo hoje que acertei mais que errei. A maior surpresa para mim foi o Bugre. Não esperava, sinceramente, que tivesse fôlego para se manter entre os primeiros, depois do início avassalador. A queda de produção apresentada no fim do primeiro turno, imaginei que fosse se estender por todo resto da série B. Queimei minha língua e posso afirmar, sem dúvidas, que o Guarani irá disputar a série A ano que vem.

O Ceará surpreendeu. Deve suas chances reais de subir ao seu técnico, PC Gusmão, e à força de sua contagiante torcida, que deu show no Castelão. Já dizia que acreditava na força do Vovô. Não me decepcionei. Depende apenas de si mesmo e deve subir. Um jogo muito interessante para o VASCO na série A 2010, considerando a imensa torcida vascaína em Fortaleza.

O Atlético-GO fez o que dele eu esperava que fizesse. Já antes mesmo do início da competição, afirmei, baseado no desempenho do Dragão no Goianiense, que seria seríssimo candidato a uma das vagas para primeirona. Se não fez uma campanha brilhante, pelo menos se manteve entre os quatro em boa parte do certame. Ainda não garantiu a vaga, é verdade, mas depende apenas de seus esforços para tal. Torço para que suba. Não tem muita torcida. No Serra Dourada e no Rio o VASCO terá maioria de torcedores, caso o Dragão confirme o acesso.

O Figueira ainda tem chances. Remotas, mas tem. Ganhando os dois jogos que faltam, pode tomar a vaga do Atlético-GO. Fez o que se esperava que fizesse. Esteve sempre rondando o G-4, embora nunca tenha empolgado sua torcida. Corre o risco de ver o rival, Avaí, disputando sua segunda série A consecutiva e ainda classificado para Sul-americana, ou quem sabe para Libertadores, o que para a torcida da Ilha seria terrível.

Lá embaixo da tabela o ABC e o Campinense se empenharam para confirmar meus prognósticos. Nunca deram a impressão de que poderiam se livrar da degola. Não se livraram e irão ilustrar a série C 2010 com suas honrosas participações.

O São Caetano e o Brasiliense decepcionaram. Nunca se mostraram fortes para lutar por vaga. O Brasiliense fez mais - vai acabar a competição lutando para não cair para a terceirona. Caso caia, apesar dos esforços do ex-senador, deve ficar por lá um tempinho.

Os demais clubes fizeram figuração, o que no caso do grande Bahia e do Fortaleza é uma pena. São times de tradição e eu gostaria que tivessem sorte melhor, assim como o Santa Cruz, hoje agonizando na série D.

O campeão? Bom, o campeão todos sabiam qual seria desde 7 de dezembro do ano passado. Era o que se esperava. Foi o que aconteceu.

SERIE B ? NUNCA MAIS, SE DEUS QUISER !!!

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* Nomes em profusão rondam a pauta de contratações do VASCO para 2010. Torno a dizer - A prioridade número um é manter a dupla Dorival Junior/Rodrigo Caetano.

* Por falar em Dorival, diz-se que suas exigências não são de ordem financeira. Quer garantias de que os salários sejam pagos em dia e que haja condições de trabalho adequadas e proporcionais às ambições do clube para a temporada 2010. Muito justo.

* O Juninho será sempre bem-vindo. Imaginem um meio de campo com Nilton, Souza, Juninho e Cazalber? Se o ataque estiver à altura...

* A grande maioria dos vascaínos com quem conversei mostram bom senso em destacar que o título da série B, embora comemorado, não está à altura de nossa centenária e vitoriosa história.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

COMEMORAR OU NÃO?

Uma discussão tomou conta da torcida do VASCO: O título da série B deve ou não ser comemorado? A celeuma ganhou força com a decisão da diretoria de pintar em São Januário, ao lado dos títulos mais importantes da história do clube, a inscrição: Campeão Brasileiro da Série B 2009.

Antes de mais nada, quero lembrar as palavras do nosso presidente, ainda no gramado após o jogo contra o América, quando indagado acerca do sentimento que o assolava naquele momento:
- Alívio.
Foi essa a palavra que Roberto usou para expressar seus sentimentos em relação à conquista que acabava de se concretizar: Alívio.

Bom, se uma conquista, ainda fresca, desperta alívio, é porque essa conquista era antes de tudo uma obrigação: alívio do dever cumprido. É exatamente esse o sentimento do vascaíno que conhece a grandeza do clube.

Por mais que ver o VASCO ganhar seja bom, nada apaga o fato de que esse ano disputamos um campeonato de SEGUNDA DIVISÃO. Isso não está à altura da vitoriosa história do VASCO. Tínhamos a obrigação de vencer sim. E vencemos. Daí o alívio, e não a alegria. Os gritos de "é campeão", ouvidos na arquibancada após o jogo, são muito mais frutos da carência de títulos e do sentimento irracional de euforia momentânea, do que propriamente da alegria pela conquista, que no íntimo, todos esperavam que viesse.

Isso em nada desmerece ou diminui o desempenho dos atletas que fizeram parte desse grupo. Pelo contrário, se portaram com dignidade e levaram o VASCO de volta para seu lugar de direito. Os jogadores merecem nossa gratidão e respeito, e é aceitável que eles comemorem a conquista. Eles são profissionais e atingiram a meta que lhes foi proposta no início do ano. Mas o torcedor tem compromisso antes de tudo com a instituição, e esse título não é digno do VASCO.

Que se tire as lições desse ano malfadado e que se vire logo essa página que merece ser esquecida. Ano que vem voltaremos a ver o VASCO jogando ao lado dos seus iguais, no lugar de time grande, como é o VASCO. Espero ver o Maracanã ou São Januário lotados como esse ano, e que no fim do campeonato a gente tenha motivos para comemorar que sejam dignos da grandeza de nossa história.

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* A divulgação do público na sexta recebeu merecidas vaias. Era visivel que havia pelo menos 65 mil presentes. O jogo de domingo do flu confirmou essa desconfiança. Menos gente e um público presente maior...

* Disse aqui que esperava 6 vitórias nos últimos 6 jogos do VASCO. Não fosse o empate com o Fortaleza, minhas exigências teriam sido atendidas. Não se trata de adivinhação. É o que se espera sempre de um clube como o VASCO.

* É bom lembrar que o campeonato ainda não acabou. Temos mais dois jogos. Espero mais duas vitórias. Nada de acomodação.

* Começou a temportada de especulações. Em primeiro lugar, que se trate de renovar com o comendante DJ. Ele e o Rodrigo Caetano são os responsáveis maiores pelo sucesso na série B. Que repitam o sucesso na série A.



sábado, 7 de novembro de 2009

UMA TARDE DE AMOR.

7 de dezembro de 2008. O VASCO perdia para o Vitória em São Januário e começava a escrever o capítulo mais triste de sua vitoriosa história. Não lembro bem o que senti naquela tarde. Uma mistura de tristeza, dor, amargura. Essas lembranças ficaram difusas, mas deixaram marcas. Uma ferida havia sido aberta, e doía. Quis o destino que meu amor fosse colocado à prova. Aliás, conheci dois tipos de amor em minha vida. Ambos são eternos - não acredito em amor efêmero - definitivos: O amor que une pais e filhos e o amor que une um torcedor verdadeiro e seu time. Posso afirmar feliz que vivo movido por ambos. Tenho pais e filhos maravilhosos e torço por um clube que atende pelo nome de Vasco da Gama.

O ano de 2009 prometia ser difícil. Um clube despedaçado tentava se reerguer. O começo não foi muito promissor: uma comissão técnica competente, mas jogadores desconhecidos, à exceção do Carlos Alberto. Mas o tempo, senhor da sabedoria, passou. O time de ilustres desconhecidos começou a se impor. Mostrou disposição, quando faltava qualidade; mostrou raça, quando a sorte não ajudou. E o amor, posto à prova, resistia, firme e convicto. O campeonato Carioca, logo no início do ano, serviu pra mostrar que amor de verdade não sucumbe jamais. Lá estava a torcida do VASCO, ainda triste, ferida, mas como convém à uma boa história de amor, ao lado do clube amado. Dizendo em alto e bom som: Estamos aqui, ao seu lado. O sentimento não parou e nem vai parar.

Pois o clube da "segunda divisão" venceu TODOS os rivais no Carioca 2009. Em TODOS os jogos, contra esses rivais, nossa torcida foi maior. Na maioria das vezes, MUITO maior. Não vencemos o Carioca. Nem precisava - O orgulho voltava, mais forte. Na Copa do Brasil fomos às semi-finais. Eliminados pela incompetência do árbitro, não pela superioridade do adversário. Nesse momento o VASCO mostrou sua grandeza. A torcida cobrou a eliminação. Lógico, aqui é VASCO. Não importa a divisão nem o campeonato. Num recado claro, talvez um pouco impaciente, a torcida lembrou nesse momento que nascemos pra vencer.

Desgastado pelas competições do primeiro semestre, o VASCO atravessou um pequeno momento de instabilidade. Nada que abalasse o orgulho e a confiança que já haviam sido reestabelecidos. As cobranças surgiram, como é normal num time da grandeza do VASCO. Passadas algumas rodadas de relativo insucesso, retomávamos o caminho das vitórias para não mais deixá-lo.

A torcida continuava dando um show. Onde o VASCO jogasse, as demontrações de amor e paixão surgiam fartas. Nossos torcedores enchiam os estádios pelo Brasil afora, reafirmando o que haviam dito no início do ano - Estamos juntos. O sentimento está mais vivo que nunca, pulsando, e não vai parar. No dia 22 de agosto, até o mais cético sucumbiu: o VASCO ia jogar pela 19ª rodada do campeonato da segunda divisão - é isso mesmo, 19ª rodada, meio de campeonato, o jogo não valia nada, e era um campeonato de segunda divisão - a única coisa de excepcional que havia era um dos times que estaria em campo: Club de Regatas Vasco da Gama. Pronto, isso bastava. 80.000 pessoas se dirigiram ao Maracanã para dar a primeira prova incontestável de amor. O Brasil assistiu atônito, ao vivo na globo, o clube de segunda divisão bater o recorde de público de TODAS AS DIVISÕES DO FUTEBOL BRASILEIRO, para assistir a uma partida que valia apenas 3 pontos, nada além disso, 3 pontos pela 19ª rodada...Se isso não é amor, o que mais seria?

A partir daí, o vascaíno passou a sorrir fácil de novo. A imprensa afrontada com tamanhas demonstrações de amor e grandeza admite: Não se derruba um Gigante como o VASCO. O retorno agora é apenas questão de estabelecer "quando". "Como" não era mais problema: Se em campo o time claudicava, na arquibancada a torcida intimidava os adversários e mandava o recado: Vamos subir VASCO !!! Embalado pela melodia fácil e bonita, o time respondia em campo e as vitórias iam se sucedendo. Um tropeço aqui e outro ali já eram tratados como contingências normais. O processo de reerguimento agora era irreversível, todos sabiam.

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7 de novembro de 2009. O VASCO entra em campo e é recebido por 82.000 torcedores, amantes, apaixonados. Faltavam agora 90 minutos pra história retomar seu curso normal. Quase não vi o jogo, admito, emocionado que estava. O que acontecia em campo naquele momento era irrelevante. A vitória viria, não tinha dúvidas. O que me prendia a atenção era o sentimento que exalava das arquibancadas do Maracanã. Era tão intenso, tão arrebatador que parecia condensar. Em cada rosto, em cada olhar, o orgulho de ser VASCO era nítido, indisfarçável. Senhores, esse é o maior patrimônio que um clube de futebol pode querer: O AMOR INCONDICIONAL DE SEUS TORCEDORES. Olhando sob esse prisma, posso afirmar sem medo de ser exagerado: Naquele momento, o VASCO era o clube mais rico do mundo.

Fim de jogo. Explosão de alegria, alívio. Voltávamos em grande estilo. Novamente o Brasil via uma torcida lotar sozinha o Maracanã e declarar uníssona seu amor ao clube. Me lembrei nesse instante daquele 7 de dezembro fatídico. Logo depois um filme passou rápido pela minha cabeça. Vieram as vitórias, o recomeço, o orgulho reconstruído. Algumas lágrimas rolaram, dessa vez, lágrimas de orgulho, felicidade. Acabava naquele momento mais um capítulo dessa história de amor que já dura 41 anos, minha idade. Final feliz, como sempre. Demorei muito a dormir nesse dia. Antes de ser vencido pelo sono, a última coisa que se passou pela minha cabeça foi o trecho da música que vinha da arquibancada:

"De todos os amores que eu tive és o mais antigo..."

VASCO, EU TE AMO !!!!!!!!!!!

Curtas:

* Essa mobilização, assim como o sentimento, não pode parar. Não devemos esperar a alegria completa ou a dor profunda para estar ao lado do clube. Todo o jogo do VASCO é excepcional e merece a nossa presença. Sempre.

* O título continua uma obrigação, nada de se acomodar. Nem time, nem torcida.

* 2010 promete...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O REENCONTRO COM O ÍDOLO.

Tenho usado este espaço para emitir opiniões, nem sempre sensatas, reconheço. Mas quem disse que pretendo ser sensato o tempo todo? Sou torcedor, antes de tudo. E sou Vascaíno, que é ser ainda mais que torcedor. Hoje, vou fugir à regra. Vou falar de mim, dizer como e porque sou Vascaíno. Isso tem tudo a ver com Roberto Dinamite. Não o presidente. Com o jogador, o ídolo. Sou de uma família de tricolores. Comecei a frequentar estádios na companhia do meu pai, aos 8 anos, que me levava pra ver a "máquina tricolor". Time de grandes jogadores. Pois nem a influência do meu pai, a quem devoto todo amor que um filho pode devotar a um pai, nem a influência de Rivelino, Gil, Carlos Alberto entre outros, foi capaz de me seduzir. Pelo clube da Cruz de Malta jogava um rapaz chamado Dinamite. Ele envergava a camisa mais bonita, dentre todas que existiam. Nas costas, o número 10. Era o único grande craque desse time (e assim foi por quase toda sua carreira). Mas possuia brilho suficiente para manter aquele time em evidência. Isso, somado aos sábios conselhos do meu padrinho, foi o suficiente para que a escolha fosse sacramentada. Havia nascido vascaíno. Descobria isso, então. Na verdade, nunca escolhi o VASCO. Antes, o VASCO me escolheu.

Assim como as gerações mais novas viram os feitos de Romário, Edmundo e Juninho, eu e os da minha geração vimos Roberto Dinamite. Não pensem, os mais novos, que é pouco. Não é. Ele, muitas vezes sozinho, manteve o VASCO em evidência por quase 15 anos. Paradoxalmente, não foram tempos de tantos títulos. Mas foram tempos de um ídolo de verdade, com a cara do VASCO. Perseguido e muitas vezes injustiçado, como o VASCO é.


Nos quase 15 anos em que jogou no VASCO, Roberto só fez parte de UM time fantástico, o de 1987. Fora esse, todos os outros foram times bons, com jogadores abnegados, de muita raça, mas sem brilho. O primeiro título do Roberto foi o brasileiro de 1974. O VASCO jogou na decisão com Andrada, Miguel, Fidélis, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos. Desses, o único que vestiria a camisa da seleção em copa do mundo seria o Roberto. Bom time, mas sem nenhum grande craque, além do Roberto. E a final foi contra o grande Cruzeiro de Dirceu Lopes, Nelinho, Joãozinho e cia. Ganhamos. Adivinhem quem foi o artilheiro desse campeonato?

Em 1977, mais uma vez. Um bom time. Melhor até que o de 1974. Ganhamos do urubu na final com Mazzaropi, Orlando, Abel, Gaucho e Marco Antonio; Zé Mario, Zanata e Dirceu; Wilsinho, Roberto e Paulinho. No time deles já jogavam Zico, Junior e Tita. Roberto foi o segundo artilheiro com 25 gols. No anos seguintes, o rival montou um time realmente muito bom e, não fosse o VASCO de Roberto, teria ganho muito mais títulos e com maior facilidade ainda. E, mais uma vez, Roberto carregava sozinho o peso de manter o VASCO em evidência. E conseguia. Era invariavelmente artilheiro dessas competições, e levava o VASCO a disputar os títulos, mesmo com um elenco muito inferior. Em 1982, mais uma vez com um time inferior, fomos campeões. Lá estava Roberto como artilheiro do campeonato. Vencemos na final os urubus de Zico, Andrade, Adílio e cia. No elenco do VASCO, Roberto, sozinho, brilhava por uma constelação completa. Em 1987 Roberto teve o prazer de ser campeão no único VASCO inesquecível de sua carreira. Nem por isso foi coadjuvante. Estava lá, como protagonista. O artilheiro foi Romário. Em segundo, Roberto. O torcedor tinha esse time na ponta da língua: Acácio, Paulo Roberto, Fernando, Donato e Mazinho; Dunga Geovani e Tita; Mauricinho, Roberto e Romário. Um timaço. O único da carreira do Roberto com a camisa do VASCO. Esse currículo fez dele ídolo de toda minha geração.

Essa condição de ídolo ficou abalada com sua chegada à presidência. Nem o fato de representar o fim da "era Eurico", de lembranças tão amargas, foi capaz de desfazer o desconforto de ver o ídolo às voltas com a política do VASCO. O episódio da queda acentuou esse desconforto, e, pela primeira vez, me vi questionando sua condição de ídolo, que minhas lembranças ainda sustentavam.

Assim me senti até ontem.

Não gosto da globo, não escondo. Nem tampouco do Galvão Bueno. O tal "Bem Amigos" é intragável. O que dizer de um programa que consegue reunir Renato Maurício Prado, Paulo Cesar Vasconcelos, Arnaldo Cesar Coelho sob comando de Galvão Bueno? Não obstante, ontem fiz o esforço. E não me arrependo. Vi o VASCO e seu maior ídolo serem reverenciados como pouquíssimas vezes tenho visto na televisão. A forma respeitosa com que o VASCO foi tratado e o reconhecimento que Roberto mereceu me emocionaram. Como se não bastasse, vi o grande Paulinho da Viola decantar seu amor à Cruz de Malta, exaltando, com brilho nos olhos, o VASCO e seu maior ídolo. Durante o programa, viajei pelas minhas memórias. Relembrei gols e títulos inesquecíveis, conquistados sob liderança do Roberto. E, aos poucos, o ídolo e o presidente convergiram para o mesmo rosto de sorriso fácil de sempre.

O VASCO, em campo, vai cicatrizando suas feridas, retomando o rumo vitorioso de sua história. Fora de campo, o presidente, tal qual um almirante, está lá ao leme, dando rumo à Nau. E ontem, num momento muito especial, o torcedor mais antigo reencontrou seu maior ídolo.

Curtas:

* Para não ser prolixo, não citei outros tantos títulos da carreira do Dinamite. Foram muitos, assim como foram seus gols com a camisa do VASCO.

* Não haverá justificativa para menos de 85 mil pessoas sábado no Maracanã. Se forem disponibilizados 86 mil lugares, espero 86 mil presentes. Nada menos que isso.

* O acesso, na 34 ª rodada. O título, eu espero na 36ª.