MORAL DA ESTÓRIA

Os campeonatos estaduais dos principais centros do país chegaram ao fim. Em Minas deu Cruzeiro. Mais que esperado, depois dos 5 x 0 da semana passada. E a sina do Galo continua. Em São Paulo o Corinthians segurou o ímpeto Santista e garantiu o primeiro título invicto depois de 71 anos. Ronaldo confirma sua sorte em finais ganhando mais uma. No sul, o Inter já havia garantido seu título depois da acachapante vitória em cima do Caxias. E por aí vai. Avaí, Fortaleza, Vitória, Sousa e outros mais também comemoraram seus títulos.

Aqui no Rio...bom, aqui no Rio os urubus chegaram ao terceiro título consecutivo. Obtiveram esse sucesso em cima do outrora grande Botafogo. Se eu tivesse leitores, e dentre esses houvesse botafoguenses, sei que seria questionado. Mas o que dizer de um time cuja torcida comparece a uma decisão como compareceu a do Botafogo? Não me venham dizer que foi hoje, por causa dos desfalques. Isso se repetiu na final da Taça Rio e na primeira partida da final domingo passado. A torcida do Botafogo (se é que ainda existe) já desistiu de ir ao estádio há muito tempo. Só vai em jogos contra pequenos e em situações muito favoráveis. Mas o que isso tem a ver com o resultado do jogo? Talvez nada. Talvez muita coisa. As vezes, a energia emanada das arquibancadas chega ao campo. Principalmente quando gerada por uma verdadeira multidão apaixonada. Se, após o segundo gol do Botafogo, houvesse na arquibancada do Maracanã uma turba botafoguense incendiada, talvez o time não tivesse recuado tanto e tivesse partido em busca da vitória. Mas não havia. E não adianta agora supor o que aconteceria se houvesse. Sobra apenas a triste constatação de que se a torcida do Botafogo não estiver diminuindo muito, diminuindo está a sua disposição de apoiar o seu time no estádio. Principalmente quando ele mais precisa.

Resta agora adivinhar qual vai ser o mico que os urubus vão pagar esse ano. Eu explico: já virou tradição o time da gávea dar algum vexame na comemoração do título estadual. Em 2007 foi a derrota para o Defensor do Uruguai. Em 2008 foi a atuação bisonha diante do América do México, e o show do gordo Cabañas na despedida do Joel Santana. Esse ano, o Fortaleza se habilita a ajudar nessa tarefa...

E, para falar de VASCO, resta tomar a trajetória ascendente que o Corinthians tomou desde sua queda para a série B no fim de 2007. Boa participação no paulistão de 2008 (como o VASCO no carioca de 2009), disputou a final da Copa do Brasil de 2008 (tenho esperança que o VASCO passe pelo Icasa e continue na briga pelo título) a belíssima campanha na série B 2008, com a consequente volta à primeira divisão (nossa maior meta esse ano) e a coroação definitiva com a grande jogada de marketing trazendo o Ronaldo, e o título pulista desse ano. O exemplo está aí. Continuo acreditando em dias melhores. SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!