Todos se lembram do que aconteceu em São Januário na final do Brasileiro de 2000. Era 30 de Dezembro. Em campo se enfrentavam, disputando o título, Vasco e São Caetano. Aos 23 minutos do primeiro tempo, uma briga iniciada na Força Jovem - supostamente por uma discussão acerca do Romário, que acabava de sentir a virilha e foi substituído - culminou numa briga que resultou na queda do alambrado, interrompendo a partida. Inúmeras vítimas forma atendidas no gramado, algumas poucas em estado grave. Felizmente, esse episódio não resultou em vítimas fatais. Nenhuma. Mas os feridos mereceram de todos, e ainda merecem, nossa solidariedade. Os vídeos abaixo mostram quão tendenciosa, asquerosa e parcial é nossa imprensa esportiva (quem dera fosse só a impresna esportiva):
Como a imprensa (globo) tratou a queda da torcida do flamengo da arquibancada em 1992 com 05 vítimas fatais.
Como a mesma globo, 08 anos depois, tratou a queda do alambrado de São Januário sem vítimas fatais.
No dia seguinte, São Januário era tratado como chiqueiro por toda imprensa desonesta. Na tentativa de atingir o Eurico, não hesitaram em denegrir a instituição VASCO DA GAMA, bem como seu maior patrimônio e orgulho, seu estádio, construído sem um único centavo público. Obra erguida exclusivamente graças às contribuições dos vascaínos de então.
Eis que passados 11 anos, o Vasco é absolvido da culpa pelo incidente. A justiça do Rio de Janeiro, conforme consta no processo nº (2001.001.011353-9), disponível no sítio do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro - www.tj.rj.gov.br , decidiu pela inocência do clube. Em sua decisão, a Juíza, Drª Anna Eliza Duarte Diab Jorge, entendeu que o Vasco não teve qualquer responsabilidade no acidente. De acordo com a
magistrada, a superlotação do estádio jamais foi comprovada e a perícia
constatou que o alambrado de São Januário estava em boas condições. Lembrou ainda que alambrados de estádios de futebol são projetados para realmente ceder
quando alcançar uma determinada pressão. Isso impediria que torcedores
morressem esmagados no alambrado no caso de alguma confusão nas
arquibancadas. A decisão da magistrada, na última quarta-feira (14/12),
extinguiu o processo. (fonte: www.supervasco.com)
Sabem quantas linhas a imprensa dedicou a essa decisão da justiça? NENHUMA. Mas é assim que age nossa imprensa. Em toda sua linha de ação, os pesos sao sempre dois. Um, de chumbo, que acusa, julga e condena quem sequer foi ouvido. Outro, de pluma, inocentando o acusado da culpa anterior, que jamais foi comprovada, que quando é publicado - e isso é raro - merece só um pé de página e olhe lá.
Continuo solidário a todos aqueles que se feriram ou, de alguma forma, foram prejudicados nesse episódio. Ainda acho que o Vasco deve, ainda que apenas moralmente, suporte financeiro às famílias atingidas pelo episódio. Mas não se pode olvidar que o maior atingido nessa história, pela repercussão desonesta e tendenciosa da imprensa, foi o próprio Vasco - a instituição, que paira acima de todos nós.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* O Brasil precisa urgentemente de uma lei de imprensa. Acorda Ministro Paulo Bernardo...
* O Kléber é ótimo reforço. Deve ser apresentado amanhã.
* Não sei se Rodolfo seria o companheiro ideial para o Dedé. É bom reforço, não há dúvidas. Mas ainda prefiro Anderson Martins.
* E o Peixe virou sashimi para o elenco do Barça. Não viram a cor da bola. A verdade é que time brasileiro nenhum - quiça, time nehum do mundo - ganha hoje do Barcelona numa final em igualdade de condições.
* Não custa nada lembrar que o Vasco ganhou do Barcelona e do Real Madrid em 1957. O time catalão levou de 7 x 2.
* À propósito do jogo contra o Real Madrid, o grande esquadrão da época com Di Stéfano e cia, o jornal francês "LÉquip" retratou o jogo assim no dia seguinte:
"E então, bruscamente o Real desapareceu literalmente. Seriam as
camisas de um vermelho pálido ou os calções de um azul triste que
enfraqueciam a soberba equipe espanhola? Não; é que, antes,
apareceram subitamente do outro lado os corpos maravilhosos,
apertados nas camisas brancas com a faixa preta, de onze atletas
de futebol, de onze diabos negros que tomaram conta da bola e não
a largaram mais.
Durante a meia hora seguinte a impressão incrível, prodigiosa,
que se teve é que o grande Real Madrid campeão da Europa, o
intocável Real vencedor de todas as constelações européias
estava aprendendo a jogar futebol".
Venha comigo ao ano de 1997. Mais precisamente, ao finalzinho de 1997. O Vasco se sagrava campeão brasileiro e Edmundo acabava o ano como o grande nome; melhor jogador, artilheiro, líder, campeão, entre outros adjetivos mais. O ano seguinte era o do centenário e de sonhos gigantescos. O Vasco iria disputar a Libertadores da América. Ninguém imaginava nosso time metido em tantas competições importantes sem o maior ídolo. Nossas chances de levantar os canecos sem "ele" diminuiam consideravelmente. O ano se inicia, o Edmundo vai para a Itália e o resto da história todo mundo conhece, Vasco campeão carioca e da Libertadores - não fomos campeões do mundo por capricho do destino, basta perguntar ao Felipe. Mas isso é assunto para outro post.
De volta a 2011. Fim de um ano auspiciosa para o Vasco com título nacional e consequente classificação para Libertadores. Mais uma vez, como em 97, uma peça importante do grupo nos deixa atraído por uma oferta financeira irrecusável. O que faz o Gigante, aquele que é maior que tudo? Segue seu caminho de vitórias. O Vasco era maior que Edmundo, como ficou provado. É maior que Rodrigo Caetano, como vai provar. Ressentimentos contra eles e outros que nos deixaram? Nenhum. Pelo contrário. Fica aqui registrado todo nosso reconhecimento ao grande trabalho feito por esse excelente profissional. Que o sucesso continue ao lado dele. O mesmo sucesso que sempre desejamos ao Edmundo fora do Vasco, e que ele jamais conseguiu com o mesmo brilho.
O VASCO É MAIOR QUE TUDO E QUE TODOS.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* Não se enganem: Rodrigo Caetano saiu do Vasco por dinheiro, só isso. Era um desejo antigo do Celso Barros, que o "corrompeu"com um caminhão de dinheiro.
* O Rodrigo Caetano segue o mesmo caminho trilhado por outros profissionais sob contrato com o Vasco que se deixaram seduzir pela fortuna que a Unimed despeja todos os meses nas Laranjeiras.
* A situação nas categorias de base do Vasco é realmente preocupante. Já falava isso a alguns amigos mais próximos há anos. Um moleque de 14 ou 15 anos, com um futebol razoável, jogando num clube como o Vasco, representa o "boi na sombra" pra empresário inescrupuloso.
* Os clubes formadores precisam ser protegidos. Do jeito que está, não vale mais a pena investir na base.
* Dedé é um grande jogador, inegavelmente. Um ídolo e fundamental para o excelente ano do Vasco. MAS VAI UM DIA PRA EUROPA. Quando voltar, pode aportar no rival beijando escudo e tudo mais. Ídolo é Juninho Pernambucano.
Não escrevi, mas ao final da leitura tive vontade de assinar como autor. Um deles é esse que eu recomendo hoje. O cara que escreve, vascaino de corpo e alma, traduz como poucos o vascainismo, movimento que agrega ao redor da Cruz de Malta uma legião de apaixonados. O sujeito tem apenas 23 anos, cursa jornalismo, mas escreve como muitos veteranos jamais escreveram ou escreverão. Morador de Petrópolis e figurinha fácil nos bares do entorno da Colina em dias de jogo do Vascão, o moleque ainda é gente boa pra caralho, nem parece que é candidato a sucessor de Armando Rodrigues. Não satisfeito em manter um blog, foi convidado - e aceitou - a escrever no SuperVasco.com. Sucesso de público e crítica. Agora, dia desses atrás, ainda comovido com a jornada que acabara de findar, resolveu escrever sobre o ano sensacional do Vasco. E ele escreveu. E como escreveu ! O texto é tão bom, que o José Ilan, do globoesporte.com, resolveu reproduzir. Então, posso sugerir esses dois endereços para quem quiser ler o texto que melhor resume o sentimento do vascaíno nesse fim de ano abençoado.
Dia 28/08/2011, domingo. Vai começar a 19ª rodada do campeonato brasileiro.
Até aqui, o Vasco não havia sido prejudicado pela arbitragem. NÃO HAVIA SIDO ASSINALADO UM ÚNICO LANCE DUVIDOSO QUE PUDESSE PREJUDICAR OU AJUDAR O VASCO. O time vinha se mantendo em posições intermediárias na tabela e não parecia que, depois de ter assegurado sua vaga na Libertadores 2011 com o título da Copa do Brasil, iria disputar o título. Mas aí o time foi engrenando, veio o jogo contra o rubro-negro no 1º turno e a chance de ser líder. Essa foi a senha; as arbitragens deixam de ser imparciais e o Vasco passa a ter que enfrentar os seus adversários e os árbitros. Vejam como foi:
19ª Rodada - 28/08/2011
Fla 1 x 1 Vasco – Penalti não marcado no Bernardo
A rodada começou com a seguinte classificação:
1º Corinthians – 37 pontos
2º Flamengo - 35 pontos
3º São Paulo – 34 pontos
4º Vasco – 34 pontos
Ao fim do domingo, a classificação era a seguinte:
1º Corinthians – 37 pontos
2º Flamengo – 36 pontos
3º São Paulo – 35 pontos
4º Vasco – 35 pontos
Obs: Dos líderes, o único prejudicado na rodada foi o Vasco, que poderia encerrar o 1º turno dividindo a liderança com o Corinthians.
Na rodada seguinte, dia 31/08/2011, quarta feira às 18:00 hs, o Vasco vence o Ceará em São Januário de forma incontestável, por 3 x 1. Já o Corinthians , no mesmo horário, vence o Grêmio no Pacaembu por 3 x 2, com esse penalti mandrake marcado aos 15 do 1º tempo. Veja o vídeo do lance:
Ao fim da 20ª rodada, o Corinthians permanecia na liderança, mas agora com o Vasco logo atrás. Veja:
1º Corinthians – 40 pontos
2º Vasco – 38 pontos
3º Botafogo – 37 pontos
4º Flamengo – 36 pontos
É a primeira vez no campeonato que o Vasco é impedido de assumir a liderança por erros de arbitragem.
Na 21ª rodada, Vasco e Corinthians perdem seus jogos. Ambos os jogos disputados domingo, dia 04/09/2011 às 16:00 hs. Classificação ao fim da rodada:
1º Corinthians – 40 pontos
2º São Paulo – 38 pontos
3º Vasco – 38 pontos
4º Botafogo – 37 pontos
Na 22ª rodada, Corinthias, Vasco e São Paulo vencem seus jogos de forma incontestável. Vasco e Corinthians jogaram na Quinta-feira, às 20:30 e 21:50 hs respectivamente. Classificação ao fim da rodada:
1º Corinthians – 43 pontos
2º São Paulo – 41 pontos
3º Vasco – 41 pontos
4º Botafogo – 40 pontos
Na 23ª rodada, Vasco e Corinthians mais uma vez jogam ao mesmo tempo. O time paulista enfrenta o tricolor carioca e perde por 1 x 0 no Engenhão. Não há erros de arbitragem nesta partida. Já o Vasco é prejudicado em Florianópolis, onde enfrentou o Figueirense, com a anulação de um gol legítimo do Elton. Veja o lance (aos 2:40 do vídeo):
Pela segunda vez o Vasco é impedido de assumir a liderança da competição. Vale observar que São Paulo e Botafogo perderam de forma inapelável na rodada. O vasco assumiria a liderança isolada da competição. Veja como ficou a classificação ao fim da rodada:
1º Corinthians – 43 pontos
2º Vasco – 42 pontos
3º São Paulo – 41 pontos
4º Botafogo – 40 pontos
Na 24ª rodada, O Vasco vence o Grêmio de forma incontestável, por 4 x 0 em São Januário. O jogo foi realizado sábado, dia 17/09/2011, às 19:00 hs. O Corinthians joga no dia seguinte, às 16:00 hs contra o Santos no Pacaembu e perde, inapelavelmente, de 3 x 1. Nos demais jogos dos líderes também não foram observados erros de arbitragem que pudessem interferir no resultado dos jogos. A classificação ao fim da rodada era esta:
1º Vasco – 45 pontos
2º São Paulo – 44 pontos
3º Corinthians – 43 pontos
4º Botafogo – 41 pontos
Na 25ª rodada, todos os líderes empatam, exceto o Botafogo, que vence seu jogo. Vasco 1 x 1 Atlético/GO, São Paulo 0 x 0 Corinthians, Grêmio 0 x 1 Botafogo. Não há lances polêmicos nesta rodada. Veja a classificação:
1º Vasco – 46 pontos
2º São Paulo – 45 pontos
3º Botafogo – 44 pontos
4º Corinthians – 44 pontos
Na 26ª rodada, Botafogo e São Paulo empatam entre si, e Vasco vence o Cruzeiro em Sete Lagoas e o Corinthians vence o Bahia no Pacaembu por 1 x 0; todos os jogos disputados domingo, dia 25/09/2011, às 16:00 hs. Uma rodada sem erros de arbitragem nos jogos do times líderes. Ao fim da rodada a classificação:
1º Vasco – 49 pontos
2º Corinthians – 47 pontos
3º São Paulo – 46 pontos
4º Botafogo – 45 pontos
Na 27ª rodada, Botafogo e São Paulo perdem seus jogos, sem que haja erros de arbitragem que interfiram no resultado dos jogos. Vasco e Corinthians jogam entre si em São Januário, domingo, dia 02/10/2011, às 16:00 hs. O jogo acaba 2 x 2 e também não são observados erros que possam influir no resultado. Dessa forma, a classificação, ao fim da rodada, era essa:
1º Vasco – 50 pontos
2º Corinthians – 48 pontos
3º São Paulo – 46 pontos
4º Botafogo – 45 pontos
Na 28ª rodada, o Vasco perde seu jogo para o Internacional, numa partida marcada por abitragem confusa. Não obstante, o resultado não é alterado pelos erros de arbitragem. Já o Corinthians vence seu jogo contra o Atlético/GO sem interferência da arbitragem. Ao final da rodada a classificação mostrava:
1º Corinthians – 51 pontos
1º Vasco – 50 pontos
3º São Paulo – 47 pontos
4º Flamengo – 47 pontos
Na 29ª rodada, o Botafogo vence o Corinthians por 2 x 0 no Pacaembu, sem que o árbitro tivesse influência no resultado final do jogo, assim como no jogo em que o Vasco empata com o Atlético/PR na Baixada por 2 x 2. Classificação ao fim da rodada:
1º Corinthians – 51 pontos
1º Vasco – 51 pontos
3º Botafogo – 49 pontos
4º São Paulo – 48 pontos
Na 30ª rodada, Vasco, Corinthians e Botafogo vencem seus jogos sem que os erros de arbitragem influenciem nos resultados das partidas. A classificação continuava mostrando Vasco e Corinthians com o mesmo número de pontos:
1º Corinthians – 54 pontos
1º Vasco – 54 pontos
3º Botafogo – 52 pontos
4º Flamengo – 51 pontos
Na 31ª rodada, o Vasco vence seu jogo contra o Bahia no Pituaçu por 2 x 0. Já o Corinthians, empata com o Internacional, no Beira Rio, por 1 x 1. Vale ressaltar que neste jogo o placar justo seria 1 x 0 para os paulistas. Ao fim da rodada a classificação era:
1º Vasco – 57 pontos
2º Corinthians – 55 pontos
3º Botafogo – 52 pontos
4º Flamengo – 52 pontos
Na 32 ª rodada acontece o erro que começa a selar o destino do campeonato. O Vasco empata com o São Paulo em São Januário e tem um penalti claro não marcado a seu favor. Já o Corinthians vence seu jogo por 2 x 1, em que o erro do árbitro não foi suficiente para alterar o resultado da partida, diferente do que ocorreu em São januário. Os dois jogos aconteceram simultaneamente, no dia 30/10/2011, domingo, às 16:00 hs. Vejam o lance do penalti claro em cima do Fagner e solenemente igorado pelo árbitro:
Ao fim da rodada, o Corinthians recuperava a liderança:
1º Corinthians – 58 pontos
2º Vasco - 58 pontos
3º Botafogo – 53 pontos
4º Fluminense – 53 pontos
Na 33ª rodada, o Vasco é novamente prejudicado contra o Santos. O jogo termina 2 x 0 para o time da Baixada Santista. Ocorre que quando o jogo ainda estava 0 x 0 o Vasco teve um gol legítimo mal anulado pela arbitragem. O Santos faz 1 x 0 e logo depois o Vasco é novamente prejudicado com a não marcação de um penalti claro cometido pelo jogador do Santos ao levar a mão propositalmente em direção à bola dentro da área. O Vasco é impedido de empatar o jogo. O Corinthians perde para o América/MG também reclamando da não marcação de um penalti a seu favor no fim do jogo. Vejam os lances do Vasco:
Classificação ao fim da rodada:
1º Corinthians – 58 pontos
2º Vasco - 58 pontos
3º Fluminense – 56 pontos
4º Botafogo – 55 pontos
Na 34ª rodada, vasco e Corinthians ganham seus jogos, respectivamente de Botafogo e Atlético/PR, APESAR dos erros de arbitragem, uma vez que os juízes com seus erros não conseguiram interferir nos resultados finais dos jogos. A classificação ficava ao fim da rodada assim:
1º Corinthians – 61 pontos
2º Vasco - 61 pontos
3º Fluminense – 56 pontos
4º Figueirense – 56 pontos
Na 35ª rodada, mais uma vez o Vasco é acintosamente prejudicado no empate contra o Palmeiras no Pacaembu. Enquanto isso, o Corinthians ganhava seu compromisso contra o Ceará no Presidente Vargas por 1 x 0. Notem que não foi necessário ajudar o Corinthians. Bastou - o tempo todo - segurar o ímpeto do Vasco. Vejam o vídeo da jogada e logo depois como ficou a classificação:
Na 36ª rodada, Vasco e Corinthians ganham seus compromissos contra Avaí, em São Januário e Atlético Mineiro, no Pacaembu, respectivamente. A classificação seguia com o Corinthians em primeiro:
1º Corinthians – 67 pontos
2º Vasco - 65 pontos
3º Fluminense – pontos
4º Figueirense – 57 pontos
Na 37ª rodada, uma ação do juiz deixa claro a intenção de manter as coisas "sob controle". Logo no início do jogo, o Vasco tem um gol pessimamente anulado. Eis o lance:
A situação da tabela se manteve a mesma:
1º Corinthians – 70 pontos
2º Vasco - 68 pontos
3º Fluminense – 59 pontos
Na última rodada, todo mundo sabe o que aconteceu. Mais uma vez, o Sr, Péricles Bassols IMPEDIU o Vasco de ganhar o jogo deixando de marcar esse penalti escandaloso:
Quem, ao ver todos esses erros sistemáticos de arbitragem, achar qua não há má-fé, me convença do contrário. Todas as vezes que o Vasco podia abrir alguma vantagem e consolidar sua liderança foi prejudicado. Não tem como torcer assim. Gostaria de ver as seguintes perguntas respondidas:
- Por que na dúvida os árbitros sempre marcaram contra o Vasco neste campeonato?
- Por que o Vasco jogou 3 clássicos regionais nas suas últimas 5 rodadas, enquanto o Corinthians só jogou um, o último?
- Por que o presidente do Vasco, após reclamar - com razão - das arbitragens que prejudicaram o clube, ficou de fora da festa de encerramento do campeonato promovida pela CBF?
- Por que Péricles Bassols foi relacionado para o último jogo contra o time da Gávea, mesmo tendo deixado de marcar penalti acintoso no jogo do primeiro turno contra o esse adversário?
A maioria dos cronistas acham que não há espaço para manipulação de resultados com a intenção deliberada de beneficiar este ou aquele time. Vendo esses números, tenho minha dúvidas.
- O Piquet é um mito. O que ele fez hoje em Interlagos é a prova de sua vascainidade.
- Há um esquema pra prejudicar o VASCO. Ponto. Depois de hoje, quem não acredita é louco ou cego.
- Árbitro FILHO DA PUTA.
- O Dedé joga pra caralho. Alguém já disse isso...
- Noite antológica.
- A vizinha do andar de baixo: Seu João, cuidado com a pressão... (Comentário feito depois do segundo gol do VASCO)
- O Alecsandro é um iluminado. Pelo menos tem sido no VASCO.
- O Almirante segue firme no leme da Nau Vascaína. Há ventos fortes e tempestades? Há, é claro. Mas quem disse que a marujada tem medo disso? O que para os outros clubes é tarefa impossível, pro VASCO é rotina.
Entenderam agora por que o trio de merda da Zona Sul se caga de medo de enfrentar o VASCO em São Januário?
Há 80 anos atrás obrigaram o VASCO a construir um estádio - muito embora eles até hoje não tenham - pra poder participar do campeonato. Não imaginavam a merda que estavam arrumando.
Os três clubes da Zona Sul se unem novamente para tramar contra o VASCO. Não é a primeira vez, londe disso. A história tem se repetido, assim como seu final: O VASCO campeão e cada vez maior.
Corria o ano de 1923. O VASCO acabava de ascender à primeira divisão. Disputava o campeonato carioca com um time orgulhosamente recheado de gente do povo, negros, mestiços, caixeiros viajantes e outros de "profissão duvidosa", como os rascistas da época os classificavam. Findo o campeonato e o VASCO ostentava a primeira de muitas outras faixas de campeão que ainda conquistaria.
Com o orgulho destroçado diante da derrota para o adversário etnicamente inferior, os adversários da Zona Sul tramam sua expulsão do certame seguinte. Solicitam a exclusão dos 12 atletas negros e alegam que o VASCO não possui estádio próprio. Percebendo que o clube da Zona Norte não se submeteria a tais exigências, altivos e cheios de galhardia que eram seus diretores, os adversários criam uma nova liga - a AMEA - para disputarem seu campeonato sem ter que experimentar o desprazer de jogar - e perder - do clube de portugueses, negros e mestiços. Numa atitude final de falsa cordialidade, convidam o VASCO a ingressar na AMEA, na condição de clube sem direito a voto e de inferioridade diante dos outros participantes. Eis abaixo a resposta do presidente do VASCO, que ficou conhecida como "Resposta Histórica", cujo documento original pode ser visto em destaque na sala de Troféus de São Januário.
"Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924. Ofício nr. 261 Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos
As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.
Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.
Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.
São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.
Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.
Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado
(a) Dr. José Augusto Prestes Presidente"
O VASCO se manteve na Liga original e foi Bi-Campeão Carioca, desta feita invicto. Observem que a segunda vez que os inimigos da Zona Sul se uniram contra o VASCO foi no distante ano de 1924 - já haviam unido forças um ano antes para impedir o título de 1923, mas isso é história para outro post.
Em 1925 o VASCO recebe novo convite para integrar a AMEA, desta vez sem precisar sacrificar seus atletas negros e pobres. A única condição imposta é de que mandasse seus jogos no campo do Andarahy. Demonstrando fidalguia, o VASCO aceita o convite e se submete à condição imposta. Mas sentindo-se desconfortável com a concessão feita, resolve construir seu próprio estádio. Reune então seus associados e toda a colônia portuguesa em torno da campanha de arrecadação dos valores necessários para aquisição do terreno e construção do estádio.
Em 1927 o VASCO inaugura o que era então o maior estádio da América do Sul. Ainda em 1928, inaugura um moderno sistema de iluminação, o que fazia com que São Januário fosse o único estádio do Brasil a abrigar jogos noturnos.
Vídeo da música "Camisas Negras", que resume bem o sentimento dos vascaínos em relação a São Januário
Palco de vários eventos históricos, como a anunciação da CLT, feita pelo Presidente Vargas, da Tribuna de Honra do estádio, São Januário contribuiu com vários episódios para a construção do vocabulário futebolístico usado até hoje. O Gol Olímpico é chamado assim após o VASCO, num amistoso contra o time uruguaio do "Wanders", ter vencido com um gol assinalado em cobrança direta de escanteio. Como o Uruguai era então o campeão olímpico de futebol, o gol foi assim chamado em alusão àquela conquista do futebol Uruguaio. Há ainda a história do jogador argentino, que jogava no VASCO, chamado "Gandula". Como não havia se adaptado ao estilo de jogo do clube brasileiro, o jogador, tentando se mostrar útil ao time, se incumbia de apanhar as bolas chutadas para longe do campo, dando assim origem à expressão "gandula".
Visão noturna de São januário lotado Fonte: SuperVasco.com
Palco ainda de inúmeros jogos amistosos e oficiais da seleção brasileira, além de decisões Sul-Americanas de clubes e seleções, São Januário foi eleito pelo canal "Travel Channel" em 2002 como um dos 7 melhores estádios do mundo para se assistir uma partida de futebol, ao lado do Camp Nou, Giuseppe Meazza, La Bambonera dentre outros. Recebeu em 2008, depois de votação, o titulo de "1ª Maravilha da Zona Norte Carioca", desbancando o próprio Maracanã.
Depois de atender às exigências dos rivais e construir seu estádio, O VASCO se vê novamente confrontado pelos crápulas da Zonal Sul. Qual é o argumento agora para não jogarem em São januário? Vão mais uma vez depreciar o VASCO como forma de justificarem os próprios fracassos e incompetências? Será despeito pelo fato do único clube carioca ter estádio próprio ser justamente o clube da Zona Norte, o clube dos portugueses, pobres e negros? Ou será porque o estádio é ao lado da favela que leva o nome do vizinho ilustre - Barreira do Vasco?
Sabe de uma coisa?, acho mesmo que é medo. Eles se borram de medo de enfrentar o VASCO em seus domínios. A conclusão é lógica. Mesmo alijado de seu direito de mando de campo, o VASCO sempre enfrentou a corja com grandeza. Mesmo sem utilizar seu estádio nos conforntos diretos contra eles, o VASCO acumula vitórias e glórias em sua história. Imaginem os senhores se, nos últimos 80 anos, o VASCO tivesse feito valer seu mando de campo. Eles sabem o que isso representa. Mas chega de colher de chá, chega de moleza, chega de dar aos adversários a chance de nos enfrentar em igualdade de condições (sim, o VASCO quando joga no campo adversário se iguala a ele. Em casa, o VASCO é muito maior).
A TORCIDA DO VASCO EXIGE CLÁSSICOS EM SÃO JANUÁRIO.
Ou o que pretendem fazer? Nos expulsar de novo? Não dá mais. Os três juntos não derrubam o Gigante.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* O Maracanã também é a casa do VASCO, assim como é de todos os clubes do estado do Rio de Janeiro.
* Os três rivais NUNCA tiveram competência ou grandeza para construir um estádio próprio decente, com ou sem ajuda do governo. Agora que se fodam.
* O nosso foi construído sem um único centavo público. Pelo contrário, Washington Luis, o presidente à época, proibiu a importação de cimento Belga, já usado na construção do Jockey Club da Gávea, na tentativa de atrapalhar e atrasar as obras do VASCO. Não adiantou.
* Não conseguimos as três vitórias consecutivas que eu esperava - empatamos com os bambis - mas o título sai assim mesmo.
Tenho a convicção de que a chave para o título são esses três jogos: o de ontem contra o Galo, já vencido, e os dois próximos, contra o Bahia e os bambis. O Vasco precisa de 9 pontos nesses jogos. Depois enfrentamos três adversários sem objetivo maior na competição, Palmeiras, Santos e Avaí e três adversários diretos na briga pelo título, bota, flu e mulambos. Ora, essas vitórias que eu reivindico darão o entusiasmo e a certeza necessários para estimular o time, que já é brigador, a lutar por cada centímetro de campo na briga pelo título. Darão ainda a auto-estima e a confiança imprescindíveis que a imprensa imunda tenta insistentemente minar.
A grande conclusão da rodada é que o Vasco tem elenco. Não dos melhores da história do clube, mas ainda assim bastante razoável para a disputa deste campeonato equilibrado e nivelado por baixo. Vejamos, o time jogou ontem sem 5 titulares. Dois desses eram nada menos que Felipe e Juninho. Ainda assim, O Vasco tinha para escalar seu meio campo jogadores do nível do Allan e Felipe Bastos, tendo ainda a possibilidade - ou o luxo - de deixar o jovem Bernardo no banco.
Para a Libertadores, eu insisto, precisamos de um zagueiro, um lateral esquerdo e um centroavante que cheguem como titulares. Fico imaginando quem no mercado poderia, dadas as restrições financeiras, nos ajudar na campanha da Libertadores...pensei em Grafitte, Montillo, até mesmo, numa ação mais ousada, no Nilmar. Mas ainda há um Campeonato Brasileiro e uma Sul-Americana para ganharmos no caminho. Quem tem que se preocupar com isso no momento é o Rodrigo Caetano.
Vamo que vamo !!!
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* Começou a babaquice do "deixaram chegar..."
* Tomara que o gol mal anulado do Elton não faça falta.
* O Grande Santa Cruz tem torcida de 1ª divisão. Parabéns, Santinha !!! Seu lugar é na 1ª divisão.
* Domingo que vem, Tio Joel atravessa nosso caminho de novo.
Não gosto dessa coisa de análise que subsidia vaticínios, e explicitei isto no início do post anterior: "Tenho meus motivos para estar confiante. Não sou adepto a previsões e vaticínios. Mas o momento do VASCO é de tal ordem animador, que resolvi compartilhar algumas observações que fundamentam meu otimismo." Não obstante, mordido pela mosquinha do excesso de confiança, me permiti esse momento "Mãe Dinah". Me fudi, como vocês perceberam. NUNCA imaginaria que o Vasco fosse capaz de tomar uma lavada de 4 do lanterna do campeonato. Ainda mais com o Juninho em campo. Fiz um papelão. Cá estou eu de novo, pronto para mais uma previsão. Ocorre que dessa vez a previsão não é lá muito otimista. O Vasco joga fora, sem Juninho nem Felipe, com o Vitor Ramos na zaga...são vários bons motivos para não estar confiante. Tomara que eu faça novamente um papelão. Mesmo com os desfalques, o Vitor Ramos e a ausência do Juninho, o Vasco bem que poderia dar uma escovada no Figueira e aposentar de vez minha pretensão de ser o novo Nostradamus. Não ficaria nem um pouco chateado.
Quando o Juninho acerta o pé, a vitória vem. Como jogou o Reizinhoi contra o Coxa. O que mais me chamou a atenção, entretanto, foi o comprometimento dele com a vitória. Como chamava a atenção dos colegas, ora acertando posicionamentos, ora dando bronca por falta de atenção ou firula desnecessária. Líder nato.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* O Trem Bala da Colina já atropelou no campo, com o título da CB; nas areias - campeão do mundo - e agora foi a vez da grama sintética: Campeão Brasileiro de Showbol. Não acho que valha grandes coisas, mas taí o registro.
* A torcida nova lá dos lados da Gávea: FLA-TULÊNCIA.
* Há coisas que só acontecem com eles. perder um jogo por causa de um "pum"? É muita comédia. Mas, Vanderlei, afinal o que é um peido pra quem nasceu todo cagado?
Tenho meus motivos para estar confiante. Não sou adepto a previsões e vaticínios. Mas o momento do VASCO é de tal ordem animador, que resolvi compartilhar algumas observações que fundamentam meu otimismo. A primeira delas é o fato do VASCO ser o único time da parte de cima da tabela - com reais chances de ser campeão - que ainda não mostrou ter atingido seu ápice na competição. Se analisarmos as rodadas já concluídas, veremos que, logo no início do campeonato, o São Paulo engrenou uma série grande de vitórias consecutivas, somada a grandes atuações individuais e coletivas. Teve seu grande momento, e em seguida iniciou uma sequencia marcada por grande irregularidade. O segundo a ter sequencia de bons resultados foi o Corinthians. Foram várias vitórias convincentes e a conquista da liderança folgada, com o acúmulo de boa gordura em relação ao segundo colocado. Após esse bom primeiro momento, o clube da Marginal caiu muito de produção, tendo reduzido sua vantagem a míseros dois pontos. O que mais chama a atenção, além da gordura queimada, é a visível decadência mostrada nas últimas 6 rodadas, quando disputou 18 pontos e amealhou apenas 8, um aproveitamente de menos de 50%. O terceiro a ter seu momento de apogeu foi o clube da Gávea. Manteve a maior invencibilidade já registrada na era modorrenta dos pontos corridos. Tinha um desempenho assombroso, com boas atuações - notadamente da foca dentuça - para deleite de sua torcida alienada e da imprensa imbecil, até o empate com o Figueira e a acachapante derrota para o Dragão de Goiás. Desde então, foram 15 pontos disputados e apenas 2 conquistados. É bom que se lembre - sempre - que não fosse a interferência criminosa do Péricles Bassols, no lance do penalti escandaloso no Bernardo, aos 47 do segundo tempo, e o infeliz ocorrido com nosso técnico, seria apenas 1 minguado pontinho, nos últimos 15. O time de General Severiano, por sua vez, que vem fazendo boa campanha, acredito ter atngido seu pico de desempenho muito cedo. Não creio mesmo que consigam manter esse nível de qualidade até o fim do campeonato. Acho que mais umas 4 ou 5 rodadas e entram numa curva descendente que pode afastá-los inclusive da briga por uma vaga na Libertadores. Não que ganhar uma vaga na Libertadores para eles signifique alguma coisa. Talvez o gostinho de disputar a primeira fase de uma competição continental realmente importante. E só. Já o VASCO...bom, o VASCO vem mantendo regularidade desde o início do campeonato. Mas ainda não apresentou um grande futebol, daqueles de encher os olhos do torcedsor e as redes do adversário de gols. Não obstante, se manteve na parte de cima da tabela desde o início. Fico imaginando quanto o time pode melhorar. O Juninho, por exemplo, ainda não jogou nem 30% do que pode. O Éder Luis, por sua vez, vai melhorar muito e, com ele, o time, na medida em que se aproximar do auge da forma física, o que, por suas características, é imprescindível para mostrar todo seu futebol. Tem ainda o Diego Souza que está em franca evolução técnica e física. Quando se aproximar do jogador da fase final da Copa do Brasil, o VASCO tem muito a ganhar. Outro aspecto importante é a solução para lateral esquerda. Acho que o Julinho em forma será o melhor lateral esquerdo do VASCO depois de muito tempo. A volta do Alan dá ao técnico opção e ao Fágner a sombra que ele precisa para jogar bem. Para completar o cenário favorável, é bom lembrar que o VASCO joga TODAS as partidas contra rivais diretos na briga pelo título no caldeirão de São Januário, Como demonstrado abaixo:
VASCO x Corinthians - 02/10/2011 - SÃO JANUÁRIO VASCO x SPFW - 30/10/2011 - SÃO JANUÁRIO VASCO x Bota - 13/11/2011 - SÃO JANUÁRIO VASCO x mulambos - Não importa o dia, o local e o horário, vão levar um sacode.
Enfim, dos times que realmente mostram alguma possibilidade de brigar pelo título, o VASCO é, na minha modesta opinião, o que mais coelhos tem pra tirar da cartola.
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Da série mitos idiotas da imprensa imbecil: Essa babaquice sem tamanho da torcida alienada reclamando da "torcida arco-íris" é mantida por pura falta de caráter. Eles se esquecem de quem cria torcidas para secar o rival são eles, vide fla-Madrid, fla-Manchester e outros movimentos pontuais típicos dos urubus. É muita canalhice, depois de tais manifestações explícitas e públicas, venderem a ideia de que os outros times se juntam para torcer contra eles. Canalhice e oportunismo hipócrita. Não deveriam esquecer da origem elitista do próprio clube e dos "co-irmãos" de Zona Sul. Se há uma torcida arco-íris com fundamentação histórica é a que une os riquinhos da elite contra o Gigante da Zona Norte, único grande clube carioca que não teve sua origem ligada a movimentos oligárquicos e elitistas. Somos, desde nossa fundação, o verdadeiro e único clube popular do Rio de Janeiro. E temos orgulho disso.
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O infortúnio do correto Ricardo Gomes deve ser o estímulo que faltava para o grupo se superar e conquistar os títulos que estão em disputa. Devemos todo nosso sucesso esse ano a ele. Todo vascaíno honesto e justo deve creditar a ele, e única e exclusivamente a ele e seu caráter, a grande virada do clube depois do malfadado início do carioca esse ano. Nosso comandante deu ao grupo a confiança necessária e o padrão de jogo indispensável para a evolução do time. O resultado foi o título da Copa do Brasil e a grande campanha, até agora, no campeonato brasileiro. Torcemos por você, Professor.
Curtas:
* Todos os clássicos decisivos, na tabela acima, ocorrerão domingo às 16:00 hs. Expectativa de caldeirão LOTADO. O jogo contra o foguinho está marcado para o Engenhão. Mas fontes seguras me garantem que será em São Januário, uma vez que o mando de campo é do VASCO.
* O Facebook andou inundado de piadinhas da torcida alienada até umas semanas atrás. Agora parou. Não sei por que...
* Aliás, esse modismo facebooquiano reforça a tese de que são eles que vivem secando os rivais. O que vi de piadinha ridicularizando o VASCO foi uma festa. Aproveito a oportunidade de pedir um favor: esqueçam meu time.
* A revista Veja é definitivamente a pior e mais abjeta publicação do mercado "jornalístico" brasileiro. "Jornalismo", no caso deles, é eufemismo.
* A desfaçatez do Wright negando, mesmo com o auxílio das inúmeras reprises, o penalti escandaloso no Bernardo dá asco. Mostra o quão asquerosa é a emissora do Jd. Botânico.
* Se ganhar do Coelho amanhã e do Coxa na quarta, sei não...
Há algo de podre no reino do futebol brasileiro. Muitos me acham exagerado ou com mania de perseguição. Mas estudo o modus operandi da emissora do Jardim Botânico há mais de 25 anos. E não só no futebol. Condescendência demasiada com o inimigo declarado em determinado momento costuma significar uma punhalada mortal logo a seguir. E é exatamente o que está acontecendo neste exato momento. Calma, eu explico. A emissora câncer passou a semana toda promovendo o clássico de domingo. Como de costume, criou quadros no Globo Esporte em alusão ao jogo. Dessa vez foi o "Esse jogo eu não esqueço". Na terça, na quarta, na quinta e na sexta os entrevistados, Tino Marcos na terça, Carlos Gil na quarta, Luis Roberto - o narrador, na quinta e Tadeu Schimdt na sexta, citaram seus Vasco x mulambos inesquecíveis. Cirurgicamente - ISSO NÃO É ACASO - na terça e na quinta, foram lembrados jogos em que o Vasco venceu - nenhuma decisão estadual, nenhum jogo realmente relevante, e não seriam poucas as opções. Na quarta e na sexta, logo, a última edição antes de domingo, foram citados jogos em que deu a mulambada. Ambos, decisão de estadual. Repito, isso é pensado, não é sem querer. A última imagem que fica é da mulambada ganhando. Não bastasse, ainda passaram hoje, no tal programa, uma matéria sobre as comemorações dançantes da foca dentuça. Uma babaquice sem tamanho. Para coroar, a globo anunciou que vai ter camarote com convidados especiais no jogo, com vascaínos e flamenguistas ilustres. Fico imaginando quem será chamado...Óbvio que pelo lado do Vasco vão chamar vascaínos educados, gente boa, do tipo Camila Pitanga e Nelson Freitas, o comediante do Zorra Total. Pela mulambada, eles chamam Gabriel Pensador, Sandra de Sá, Du Moscovis, só torcedor encardido. É sempre assim. Pra completar o cenário, a globo já anunciou que vai passar o jogo para todo o Brasil (nas praças onde não houver clássico regional) ao vivo, inclusive para o Rio. Ou seja, o circo está todo armado para mais uma vitória do império do mal. Desconfio quando a globo promove demais um jogo. Desconfio quando a globo cita o adversário a ser batido com frequência e benevolência antes da batalha. Se revestem de uma falsa imparcialidade para legitimarem a festa e a celebração da vitória preparada. NÃO DESSA VEZ. Temos que ir para a guerra com sangue nos olhos. Já está tudo preparado para o triunfo dos mulambos. Nossa missão tem sido ser o convidado indesejado, que não aceita papel coadjuvante. Domingo, seremos GIGANTES. Diremos um NÃO rotundo, como dizia o velho Brizola, à presepada armada.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* A soma dos placares dos três jogos contra o Palmeiras dá 4x3 para o Vasco. Esse placar antológico ocorreu no ano 2000. Nesse ano, houve um jogo contra a mulambada na decisão do primeiro turno. Vitória do Vasco. Por 5x1. Espero ser sinal de bom presságio.
* Juninho tem a obrigação de colocar os demais jogadores no clima do jogo. Ninguém melhor que ele para passar aos outros atletas o que significa jogar um Vasco x mulambos.
Imperdoável não ter registrado de forma tempestiva o primeiro título de que esse blog é testemunha. E logo a postagem de nº 100. Mas a vida anda realmente atribulada, de forma que este hiato será compreendido e perdoado pelos leitores.
É indescritível a sensação de ver - novamente - meu time campeão de um campeonato relevante, de nível nacional. Eu, com 43 anos, tive a felicidade de testemunhar muitos outros títulos desta envergadura. Reconheço, entretanto, que poucos, ou nenhum, me emocionou tanto. Sei que essa comoção tomou conta de 90% dos vascaínos, e ainda de outros torcedores, emocionados que ficaram com o ressurgimento do Gigante. Acontece que comigo essa jornada emocionante teve ainda um outro elemento: Foi o primeiro título que testemunho ao lado da minha filha, vascaína fanática, de apenas 8 anos. Ela assistiu o jogo todo ao meu lado com um comportamento irretocável, raro até entre adultos. Gritou, xingou, se estressou, extravasou e vibrou como nunca havia visto uma criança desta idade fazer. Revendo minhas memórias, nem eu mesmo vibrei com tanta intensidade quando criança assim. Para meu orgulho de pai vascaíno explodir de vez, ela reverenciou a nossa vitória com uma postagem linda no blog que ela mantém - sim, minha filha também é blogueira - O texto pode ser lido aqui. É para matar de emoção ou não é?
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Em relação à conquista em si, acho que serviu como "descarrego". A nhaca que tomava conta foi-se de vez. Esse título lavou a alma. Com sal grosso. A imprensa por sua vez merece alguns comentários. Gostei da cobertura. É muito bom ver o VASCO reverenciado como deve ser, tratado como o Gigante que é. Não obstante, encheu o saco ver alguns jornalistas aturdidos e surpresos com a festa promovida pela torcida do VASCO na chegada dos heróis ao Rio. Só quem não conhece nada de futebol, ou se deixa enganar pela mídia vendida, pode se surpreender com o tamanho da torcida do Vasco e da sua paixão desmedida. Depois de mais de 10 anos de espera, era de se imaginar aquele mar de gente para comemorar o título. Mesmo num dia de semana, à tarde, chovendo. Em se tratando da fantástica torcida do Vascão, nada demais.
Vida segue. Há outros títulos aguardando nossa sede de vitória. Não podemos perder o ritmo. Ainda há muito terreno a recuperar depois da seca.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* E o Juninho, hein? Mereceu cada reverência que foi feita. Tem alma de Rei.
* O elenco é bom, unido e pegou o gosto pela conquista. Mas para a Libertadores precisamos de reforços. Apenas pontuais, é verdade. Mas 2 ou 3 já chegam titulares.
* Parabéns, Roberto Dinamite. Ídolo como jogador; caminhando para se tornar mito como presidente.
Lembram da propaganda da Parmalat? O molequinho, ao final, faz a inocente pergunta: tomou? Pois é, repito a pergunta agora àqueles que tentavam – ou tentam – transformar o VASCO num clube médio. Essa abordagem da mídia suja faz com que adversários mais desavisados, e o Avaí se portou assim, achem que superar a Cruz de Malta seja uma tarefa simples, natural. Não, não é
Vou tentar não esbarrar no ufanismo; é uma tentação; acabamos de nos classificar para a final da Copa do Brasil ganhando na casa do adversário. Mas não é esse o propósito do post. Quero fazer uma análise mais fria. Nesse duelo, estava claro quem tinha a obrigação de conquistar a classificação. O VASCO tinha a responsabilidade e pronto. Sabe por que? O VASCO é um gigante. Suas expectativas são SEMPRE maiores ou, na pior das hipóteses, iguais às dos adversários. Menores nunca. Não importa quem seja o adversário. Pode ser o Barcelona, inclusive. E NÃO ESTOU SENDO UFANISTA. O VASCO pode até não ganhar. Mas tem a obrigação, por sua grandeza e história, de tentar a vitória e não se surpreender se ela vier.
Contra o Avaí, essa expectativa ficou clara nas arquibancadas. Em São Januário tivemos aproximadamente uns 150 torcedores do Avaí. Era a primeira partida. Não havia vantagem. Tudo zerado. Ao fim do jogo, o Avaí tinha conquistado uma pequena vantagem que poderia aumentar a euforia e esperança de seus torcedores, e, na outra ponta, desestimular e desencorajar a torcida vascaína a comparecer na Ressacada. Pois bem, contrariando as previsões dos urubus da mídia suja, a torcida do VASCO lotou seu espaço, tendo esgotado os 1.800 ingressos disponíveis aos visitantes em 3 horas. A informação que a mídia imunda não dá é que findo esses ingressos, os vascaínos de Santa Catarina começaram a comprar ingressos para o setor H, contíguo ao espaço onde ficaríamos nós, os visitantes. Eram mais de 2.000 vascaínos no estádio. Durante a transmissão, num rasgo de honestidade, e sem poder ser excluído pela edição sempre tendenciosa da globo, uma vez que estava ao vivo, o repórter Eric Faria admitiu em rede nacional: A torcida do VASCO é a maior daqui de Florianópolis, dentre os clubes de fora. Maior que a do CRF, flu e bota. Pronto – Eis o que torna o VASCO um gigante, eis o que torna o VASCO favorito contra o Avaí seja onde for o jogo. História, peso de camisa, tradição e, acima de tudo, uma torcida gigantesca e apaixodada não se compram, se conquistam. E o VASCO tem conquistado isso tudo nos últimos 113 anos.
A lendária camisa da Cruz de Malta suporta o peso da obrigação de vencer um jogo, seja contra quem for. Quero deixar claro que a condição de favorito não ganha, por si só, um jogo. Nem contra o pequeno Avaí. Contra o Coritiba seremos mais uma vez favoritos. É claro que a mídia vai relativizar isso. Vão lembrar a campanha avassaladora e invicta do Coxa nesse ano, vão lembrar o título de campeão brasileiro no distante ano de 1985, vão lembrar a campanha vitoriosa no “disputadíssimo” paranaense 2011...vão tentar, usando todos os recursos escusos que possuem, comparar em grandeza o Coritiba ao VASCO. Inútil. Mais uma vez seremos o VASCO. Ganhando ou perdendo – e eu acho que ganhamos – seremos VASCO.
O Almirante segue firme no leme. A marujada destemida segue lutando bravamente. A Nau Vascaína vai singrando em mares cada vez mais serenos. A procela durou muito e foi implacável. Mas, desafiados, os marujos – como sempre - mostraram seu valor mantendo a Nau com a proa voltada para o destino habitual: A Vitória.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* Me perdoem meus poucos e fiéis leitores pelo abandono. Também andei em mares turbulentos, por isso o sumiço. Mas, como bom vascaíno, não abandono o barco.
* O Craudio o e o Barnneschi, grandes amigos lá de Sampa, me perguntaram como ia o Diego Souza. Falei, falei e falei e acho que não consegui responder. Ontem, com a bola nos pés, o Diego Souza foi muito mais eloqüente e objetivo.
* Não falo de táticas nem do jogo em si, vocês sabem. Mas o volume de jogo do VASCO ontem foi assustador. Estiveram impecáveis o Dedé, o Anderson Martins, o Eduardo Costa, o Felipe, o Edér Luís e o nome do jogo: Diego Souza.
* Alex Silva, ex-São Paulo, pode ser anunciado como reforço depois da Copa do Brasil. Bom nome para compor o elenco.
* E ainda tem o Juninho...
* Hoje é aniversário de duas pessoas muito amadas. Parabéns a elas.
Estive sábado em São Januário. Fiquei na ferradura, bem ao lado da Força Jovem. Exatamente por isso a declaração do felipe após o jogo me surpreendeu muito. Mais - a declaração do Felipe reacende uma discussão antiga que opõe, por opiniões contrárias, amigos, conhecidos, comentaristas e até jogadores.
Quem conhece São Januário nas suas idiossincrasias, e eu pretendo ser um desses conhecedores, sabe que a opinião das sociais nunca, ou quase nunca, coincide com a opinião das arquibancadas. O sócio tem a particularidade de cismar com esse ou aquele jogador e vaiá-lo sistematicamente. Esse fenômeno se acentua se o jogodor em questão for oriundo dos juniores. Pela disposição das sociais e arquibancadas, essa vaia é escutada em campo de forma clara. Não sei se tão claro fica para o jogador a origem da vaia. Às vezes, pode não ficar tão inequívoco. Acredito que foi exatamente isso que ocorreu no sábado. Sou testemunha, como outros milhares de torcedores, que as arquibancadas foram participativas, apoiaram o tempo inteiro. Lógico que em alguns momentos, principalmente depois dos gols, esse apoio e vibração ganha força. Mas, ressalvado o coro de burro, que houve sim, em momento algum a torcida de arquibancada - logo, a TORCIDA QUE CONTA - vaiou ou se mostrou impaciente com qualquer jogador em campo. Ao falar em "torcida", de maneira tão generalizada, o que em São Januário tende a ser um erro, o Felipe corre o risco de ter sido infeliz e injusto. Vamos ver como a torcida vai receber a crítica. Espero que a serenidade prevaleça. Há muito tempo os vascaínos não estamos tão otimistas.
Apoiar os 90 minutos e deixar as vaias para o final; vaiar se o time mostra desinteresse ou apatia extrema; vaiar a falta de talento - o jogador reconhecidamente ruim, que não mereça a honra de vestir a lendária camisa da Cruz de Malta - qual é o comportamente certo da torcida? Não acho que haja um modelo que seja apropriado. Futebol é acima de tudo paixão. As reações não são, nem devem ser, fruto de um comportamento racional, ditado por lógica previamente estabelecida. Quem precisa mostrar serenidade é o jogador, tido como "profissional". Ele recebe para jogar, sabendo que a vaia faz parte do espetáculo. O torcedor, o que paga o que não tem, que fica na chuva, que volta pra casa meia noite (no horário imoral da globo) de ônibus correndo o risco de ser assaltado e chegar atrasado no trabalho no dia seguinte, esse, pode tudo. Ou quase tudo. Além disso, o Felipe precisa ponderar que são 8 anos sem título algum, para uma torcida acostumada a ganhar. A geração que ocupa as arquibancadas hoje, nascidos em sua maioria nos anos 70, 80 e 90, viram vários títulos e grandes times. É uma torcida mal-acostumada. Mal costume que, a propósito, o Felipe mesmo ajudou a fomentar com suas atuações brilhantes na segunda metade dos anos 90, que renderam títulos e muitas comemorações. Menos, Felipe. Seja mais generoso. Essa mesma torcida já te aplaudiu e te apoiou muito.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* A boa vontade inusitada e recente da globo com o VASCO me deixa preocupado. Tenho pensado nisso.
* Essa exposição que o VASCO vem tendo tem que interesse? Ajudar o Roberto na sua tentativa de reeleição? Afastar de vez a possibilidade de retorno do Eurico, que representa real perigo na tentativa da globo de manter o monopólio sobre o futebol brasileiro até a copa de 2014? Não sei, mas não tou gostando nadinha...
* Impecável a atitude da torcida no minuto de silêncio em homenagem às vítimas do massacre em Realengo. Nunca imaginei que presenciaria um minuto de silêncio de verdade em estádio de futebol. Me orgulho de ser vascaíno cada vez mais.
* Me empolgo quando imagino a festa que pode ser a apresentação do Juninho. É, sem dúvidas, no que tange apenas a identificação com o clube, o maior ídolo depois do Roberto. É bom lembrar que ele declarou certa vez ao ser indagado se jogaria no clube da Gávea: "Com tanto clube por aí, vou jogar logo lá??? Gosto demais do VASCO para fazer isso."
* Um grande amigo me falou sobre a possibilidade de "Tríplice Coroa". Na hora, movido pela cerveja, meus olhos brilharam e cheguei a sonhar. Voltando à realidade, quero apenas, por enquanto, ganhar a Taça Rio e me classificar para as quartas de final da Copa do Brasil. Um passo de cada vez.
Sempre me orgulhei de ver São Januário como uma das últimas trincheiras do bom e verdadeiro futebol com alma. Dava gosto ver a Colina em dias de grandes jogos. O entorno do estádio, salpicado de barraquinhas de churrasquinho, cachorro-quente e afins, ia enchendo de pessoas e de tensão a medida que o jogo se aproximava. Os amigos, muitos e fiéis, todos com copo de cerveja na mão, teciam comentários e raciocínios tão mais complexos e confusos, quanto mais bebiam e se embriagavam. Mas o clima era delicioso e o papo obrigatório. Faltando aproximadamente 30 minutos para o início da peleja, iniciávamos o cortejo em direção à entrada das arquibancadas. Os torcedores se organizavam, formando filas, para entrar no estádio já bastante cheio - É importante frisar que o torcedor de estádio, o torcedor de verdade, tem lá suas regras e leis próprias. Nada está escrito. Todo entendimento é tácito. Um comportamento inerente à condição de torcedor de arquibancada - Uma dessas regras dizia respeito ao tratamento dispensado a crianças, mulheres e idosos no tumulto que cercava a entrada do estádio nesses dias de grande público. Uma educação que não se julgava existir aflorava e, a esse grupo especial, era destinado todo respeito e prioridade que era merecido e necessário por sua própria condição de fragilidade no meio da turba ensandecida. Chegar na arquibancada e ver a torcida ocupando todos os espaços e sentir o cheiro da ansiedade era um momento único. Então, o espetáculo propriamente dito começava. Primeiro eram os rolos de papel higiênico, que seriam lançados à entrada do time em campo, sendo distribuídos fartamente. Depois de devidamente municiada, a torcida presenciava o ritual que era a entrada das bandeiras no anel da arquibancada. Em dias de jogos especiais, esse espetáculo durava aproximadamente 5 minutos, tamanha era a quantidade de bandeiras. TOV, Pequenos Vascaínos, Vila Vasqueire e outras torcidas se sucediam apresentando seus pavilhões, todos belíssimos, até começar o show da Força Jovem, a que mais tinha bandeiras. Todos a postos, era o momento de aguardar a entrada do time em campo, entoando cânticos de guerra, de provocação, todos recheados de belíssimos palavrões, exaltando o amor incondicional à Cruz de Malta e denegrindo e enxovalhando o inimigo, prestes a ser abatido. Eis que o esquadrão vascaíno aparecia na boca do tunel. A chuva de papel higienco, somada às inúmeras bandeiras desfraldadas, acompanhadas do ensurdecedor VAAAASCOOOO, extasiavam os espectadores com um show inesquecível. Foi assim durante muito tempo. Não é mais.
9:40 da noite chuvosa. Quarta feira de cinzas. Entrada das arquibancadas da General Almério de Moura. Estádio de São Januário. Um indivíduo, identificado como "orientador" conforme exige o estúpido estatuto do torcedor, chama a atenção de um rapaz que invadiu o corredor, formado pelas grades para "organizar" a entrada da arquibancada, furando a fila:
- Ô meu amigo, eu te vi. Isso é falta de respeito, porra!
Eu, puto que estava por ter que dar TODA a volta no estádio debaixo de chuva, uma vez que havia comprado um inacreditável ingresso de "ARQUIBANCA RETA", cujo acesso se dava exclusivamente pelas entradas da Rua Francisco Palheta, passava no exato momento que o tal "orientador" bufava. Não prestou.
- E o que é respeito, caralho? Respeito é jogo às 10 da noite? Respeito é tratar o torcedor como gado, com esse curral escroto? Respeito é colocar ingresso a 10 reais, chamando o torcedor, e só disponibilizar 2 bilheterias pra esse povo todo? Isso é o que você chama de respeito? Quem são vocês pra exigir respeito de alguém?
Não me dei conta de que no tom que falava atraí uma pequena audiência. Não fiquei para ver o tumulto que se seguiu. Tratei de continuar andando. Tinha uma volta inteira para dar no estádio, caso eu quisesse ver meu time entrando em campo. Esse foi o primeiro desabafo da noite. O segundo foi dirigido ao juiz, o terceiro ao Rômulo - como esse rapaz pode ser titular? - o quarto...o quinto...Foi uma noite de desabafos, como tem sido todas em que há jogos do VASCO nesse campeonato estadual. Não houve papel higiênico, sinalizadores, cerveja dentro do estádio - TUDO PROIBIDO - em obediência às ordens do GEPE e do tal estatuto. MALDITO SEJA O FUTEBOL MODERNO.
Vencemos, é o que importa. O primeiro tempo foi muito bom. O segundo foi muito ruim. O VASCO que destroçou o Ameriquinha e o Comercial foi muito bom. O VASCO que perdeu para o Macaé foi muito ruim. Tem sido assim. Qual dos dois VASCOS vai se firmar e jogar o resto da temporada?
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* O Eduardo Costa não sai mais. O Rômulo não entra mais, se Deus quiser. Gostaria de ver o Eduardo Costa jogando ao lado do Felipe Bastos.
* O assunto predominante ontem era o atual quadro político do VASCO e as eleições que se avizinham.
* Ainda sobre o pleito, recebi ontem a informação que o Fernando Horta vai voltar a ser candidato. Essa indefinição arrefece um pouco o entusiamos dos seus admiradores e pode prejudicar sua votação.
* O jovem Bernardo me lembrou o então jovem Edmundo. Futebol de explosão, insinuante e com personalidade. Tomara que repita a brilhante e vencedora trajetória do ídolo com a lendária camisa vascaína.
O atual presidente do VASCO escapou até hoje de críticas mais contundentes por dois motivos específicos: É indiscutivelmente o maior ídolo da história do clube e conta com o apoio irrestrito de grande parte da mídia suja. Essa mesma mídia, que por toda história tratou o VASCO com extrema má vontade, esfrega as mãos deliciada com o momento vascaíno. Faz mais, emprega todos os esforços, ultrapassando a barreira do ridículo, para poupar o presidente e, quem sabe com um pouco de sorte, mantê-lo no cargo por mais três anos, na eleição que se avizinha.
Vamos tratar primeiro do presidente. Vejam bem, falei presidente, não ídolo. É preciso fazer a distinção. O ídolo foi incontestável, já o presidente...Repito o que foi dito aqui em outra ocasião, o maior pecado do Roberto foi ter feito a leitura errada da instituição. Ele fez do VASCO o clube que a mídia sempre pintou: um clube menor, frente aos rivais da zona sul. Um clube sem personalidade, quase transformado em "produto" - essa visão modernosa, típica de gente que não entende porra nenhuma da essência do futebol. O VASCO é a antítese disso. É alma pura, paixão, clube social, um ideal de vida. Seus torcedores não são clientes. Essa visão equivocada do Roberto, talvez por estar na esfera de influência dessa mídia suja, tem sido seu grande erro. No mais, a falta de comando é evidente. Conseguiu a proeza de destroçar o grupo político que o elegeu. Disputa de egos, pessoas de caráter duvidoso, aproveitadores há em todos os clubes, em todas as administrações. O principal papel do líder é exatamente manter a unidade, amarrando pessoas e interesses distintos em torno de um mesmo obejtivo. O Roberto, líder em campo como jogador, não repete no papel de cartola o mesmo desempenho. Nem de longe. O resultado de tudo isso é a absoluta insegurança do grupo, que não se sente liderado, nem tampouco sabe de forma clara que causa defende. E o barco fica à deriva, como temos visto.
A mídia... bom, a mídia está lambendo os beiços. O clube dos portugueses e dos negros, o intruso que nunca foi aceito está sendo finalmente colocado no seu lugar. Toda essa corja imunda trata hoje o VASCO com comiseração e piedade, como se precisássemos disso. Não precisamos. Chegamos aqui sozinhos, nós vascaínos. Sozinhos vamos sair dessa. O momento é delicado, sabemos. Temos muito a resolver. Não acredito que o Roberto consiga ainda na sua administração reverter esse quadro. Se o VASCO terminar o carioca de forma digna, já está ótimo. O próximo presidente talvez entenda melhor o que significa dirigir esse Gigante. De qualquer forma, a torcida que um dia se uniu para erguer a Colina Sagrada, não vai temer o desafio de reerguer o Gigante.
2011, seja bem vindo. Passei a virada de ano da melhor forma possível, exatamente embaixo da bandeira vascaína, muito bem acompanhada pela bandeira da "Boa" Antarctica, como prova a foto abaixo:
Duas paixões retratadas na ordem de importância. Acredito profundamente que tenha sido um bom presságio. Marco inicial de um ano surpeendentemente cheio de alegrias, todas comemoradas com muita Antarctica. Veremos.
O ano se inicia com a notícia da renúncia do Luso, ex-entusiasta do MUV, movimento que alçou o Dinamite à presidência. Não é o primeiro a sair. O Coelho, na sua saída, disparou a metralhadora contra os desvios da atual administração. O Luso, mais político, não quis entrar em detalhes a respeito dos reais motivos da sua renúncia. Tenham certeza de que não foi por satisfação e concordância. Dinamite vai ficando cada vez mais isolado.
Não obstante minhas manifestações de esperança, devo admitir que as contratações (quase inexistentes) não empolgam. O time se mantém praticamente o mesmo que em 2010 não emplacou. Torno a dizer, o time titular, completinho, sem desfalques, é bom. Muito bom, talvez. Mas o elenco é fraco, ninguém pode se machucar. O técnico é bem intencionado, esforçado, trabalhador e só. Não é um grande treinador. Pode ser que se torne um dia. Por ora, é uma aposta. Não acho que seja o momento, depois de mais de 10 anos de seca, de se fazer apostas. Preferia um técnico pronto, ganhador, tipo Dorival Júnior, que saiu por causa de besteira do VASCO...
Todo mundo, sem exceção, anunciando grandes contratações, fazendo propostas para jogadores renomados, gastando o que não têm para reforçar seus elencos. TODOS esses clubes têm dívidas tão grandes como a do VASCO. Mas conseguem fazer triangulações, jogadas de marketing, contratos de vínculo de imagem e outras peripécias financeiras e administrativas para viabilizar essas contratações. Se endividam, é verdade - MAS DISPUTAM TÍTULOS. Todos, menos o VASCO...
A posse da nova presidenta foi muito emocionante. Como disse Aldir Blanc, segundo relato do BUTECO DO EDU (sou um dos seus "poucos" leitores, amigo), se o governo que se inicia for 10% do que foi o discurso da nova comandante, estamos feitos.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* Bom ver as mãos que torturaram prestando continência para a "guerrilheira". O mundo dá voltas, amigos...
* Não vi ninguém elogiando a postura elegante do Lula na posse. Sua discrição mostrou que se esforçou para passar despercebido, como coadjuvante que era, tentando não ofuscar a estrela do dia. O problema é que o Lula, mesmo que se esforce, NUNCA passa despercebido.
* Fernando Prass, Fagner, Dedé, Anderson Martins e Ramon; Eduardo Costa, Nilton, Felipe e Cazalber; Marcel e Éder Luís. Qual o seu time titular pra 2011?