Não sou daqueles que veem beleza em derrota. Poucas coisas me frustam mais que ver o VASCO perder. Quando se inicia um campeonato, parto da premissa que o VASCO vai ganhar todos os jogos. No caso da série B, contava com 114 pontos conquistados ao fim da competição. Dessa forma, em vez de somar os pontos conquistados, faço a conta dos pontos que deixamos de ganhar. Perdemos, desde o início da competição, 21 pontos. Isso acontece quando dou ouvido apenas ao meu coração de vascaíno fanático.
A razão me ensina de outra forma. O que importa é o resultado final, o título. Perder faz parte da caminhada, e é humanamente impossível vencer todos os jogos de uma competição de 38 rodadas. E é essa concepção mais realista que atenua o estrago causado por uma derrota como a de sexta feira. Perdemos porque não é possível, infelizmente, ganhar todas as partidas. E, de certa forma, o momento era oportuno - se é que isso existe - para perder.
O VASCO vinha numa escalada de vitórias importantes e atuações de rezoáveis a boas, umas até muito boas. O sucesso contínuo aumenta a auto-confiança. O problema é que a divisa entre a auto-confiança e a arrogância é muito tênue. Alguns só percebem que excederam seus limites depois que a casa cai. O Vilson experimentou essa sensação, contra o Ceará. Nas próximas 10 rodadas, vamos vê-lo voltar a ser o zagueiro de futebol simples e eficiente que ele tem sido, desde que esse campeonato começou. Qualidades, ele tem. E depois de sexta, deve ter aprendido a lição.
Outro aspecto positivo do resultado - não me convenço de que isso existe - foi a constatação definitiva que o elenco ainda é fraco. O VASCO hoje sofre para jogar com mais de quatro desfalques. Se o Cazalber for um deles então, o time expõe uma fragilidade que os bons resultados ocultam.
Subiremos, não tenho dúvidas. Mas como disse no início, entro no jogo sempre com a expectativa de vitória. Para isso, precisaremos qualificar nosso elenco para voos mais altos, e mais dignos de nossa história, no ano que vem.
Tá bom, mas pode e deve melhorar.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!
Curtas:
Em 2007 tive a oportunidade de ir ao primeiro templo do Futebol brasileiro (CRVG 2 x 0 SCCP, com Vampeta enchendo a boca de merda, no ano da queda, em 7 de agosto, se não me engano...), e lhe digo, sem constrangimento algum por ser rival, que é uma experiência grandiosa, divina.
São Januário é, de fato, um templo. Assim como o Maraca, mas de forma ainda mais histórica - poucos podem entender assim, mas assim é."
Isso é parte da transcrição do comentário de um corinthiano no post ADEUS SÉRIE C, publicado semana passada. Com a devida autorização do autor, isso será tema do próximo post: O VASCO e seus verdadeiros rivais.