O discurso do comandante e dos jogadores parece bem ensaiado. E me agrada, muito. É bom ter conciência de que, muito embora bem encaminhada, a classificação ainda não está consumada. Hoje, daremos mais um passo no rumo da redenção. Não é um jogo fácil. Me vem à lembrança agora a dificuldade que enfrentamos para vencer o Duque de Caxias, o Guarani e outros tantos que foram derrotados pelo placar mínimo. Essa vitórias foram muito mais fruto da transpiração do que da inspiração, que teima em nos faltar.
Pois bem, hoje, contra o Figueira, transpiração só não é suficiente. O time vai ter que mostrar bastante organização em campo, qualidade técnica, seja dos laterais, seja dos homens de criação. O adversário vem de bons resultados e luta para entrar no grupo dos que sobem, o tal G-4. Nós, ao que parece, vamos a campo sem Cazalber, um desfalque muito sentido, e sem o artilheiro. Como Dorival Junior vai suprir essas ausências, não consigo imaginar. Mas seja quem for, tem que entrar munido de bastante disposição.
A torcida tem feito a sua parte. Que faça hoje de novo. O time vai precisar. Todos a São Januário, portanto.
Curtas:
* A globo iniciou o debate para retornar ao modelo de mata-mata. Confesso que sinto falta dos jogos finais. Não gosto de modelo "civilizado" que privilegia o mais regular. Parece coisa de europeu.
* Nunca me imaginei levantando a mesma bandeira que a emissora câncer. Mas pela primeira vez, vejam só, estarei do mesmo lado.
* Que furdunço virou Honduras...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
HERANÇA DO PURGATÓRIO
Segundo a definição do Priberam, meu dicionário online preferido, Purgatório significa - s.m. Lugar onde se purificam as almas que, não merecendo o Inferno, não podem, contudo, entrar no Céu sem expiarem a culpa. - É ou não é a definição exata para um ano na segunda divisão? A verdade é que o VASCO, ano passado, não fez por onde merecer o Céu. Contudo, por sua história de conquistas, também não merecia o inferno. Mas precisava expiar sua culpa por ter feito um campeonato brasileiro ridículo, onde levou 72 gols em 38 jogos, e com Jorge Luis e Eduardo Luis como titulares da zaga, o que , aliás, explica essa estatística. E o purgatório tem se caracterizado por jogos como o de amanhã: jogo contra o Duque de Caxias ?!?!?, com todo o respeito, pela segunda divisão do campeonato brasileiro, é a prova material incontestável de que esse ano do VASCO tem sido de expiação de pecados graves cometidos num passado recente.
Mas há uma grata herança surgindo em meio a tanto sofrimento e tristeza. Hoje, testemunhei uma cena que tem se tornado comum. Duas senhoras, em locais e momentos distintos, envergavam com orgulho, como faziam supor suas expressões, camisas do VASCO. A primeira usava uma camisa "O Sentimento Não Pode Parar". A segunda, uma camisa oficial. Duas senhoras respeitáveis, de meia idade, usando camisa de um clube de futebol. Do VASCO. Que espécie de sentimento leva duas pessoas assim a envergarem a camisa do seu clube de coração? Logo do clube que disputa o campeonato da segunda divisão?
Pois é dessa herança que falo. Nunca o VASCO esteva tão próximo de sua torcida. Esse fenômeno, da desgraça consumada alimentando paixão e compaixão, já foi observado em outras ocasiões. O exemplo mais recente mostrou a torcida do Corinthians abraçando seu clube. Mas, em ocasiões anteriores, esse fenômeno já tinha se manisfestado. Acontece que, com o VASCO, a coisa tem um outro elemento: não há mais a figura controvertida de Eurico Miranda, que emprestava sua antipatia ao VASCO, ao ponto de afastar de nossa torcida vascaínos, ou vascaínas, como as senhoras retratadas acima. Resolvida essa equação, encontramos, como resultado, 80.000 pessoas no Maracanã para assistir VASCO x Ipatinga.
É uma herança suficientemente boa para aplacar o sofrimento de ter passado todo o segundo semestre jogando às terças, sextas e sábados. Mas ainda é pouco. É pouco diante da grandeza do VASCO. Explico: O Santa Cruz, jogando no Arruda pela série D, teve uma média de 38.246 torcedores por jogo. O Atlético Mineiro, por sua vez, tem até agora uma média de 36.717 torcedores jogando como mandante no Mineirão. O VASCO tem o triplo de torcida que os dois somados. Sei que nossa torcida é espalhada por todo o Brasil. Sei também que lotamos quase todos os jogos onde figuramos como visitantes - na maioria das vezes com mais torcida que o time da casa. Mas nossa média é de 20.655 torcedores por jogo. Ok, São Januário estava limitado a 18.000 espectadores. Nossa média em jogos no Maracanã se eleva a incríveis 50.635 pagantes. Mas temos a obrigação, nos (provavelmente) 2 jogos que faltam no Maracanã, de elevar essa média e bater o recorde de público, que já é nosso. Isso está à altura da nossa grandeza.
Outra herança que merece ser comemorada é o reencontro da torcida vascaína com o Maracanã. Quem conhece a geografia do Maraca, sabe que para nossa torcida ocupar as arquibancadas brancas, implica em dar meia volta no anel da arquibancada. Isso porque só VASCO e mulambos possuem lugar cativo nas arquibancadas do estádio Mario Filho. Entramos sempre pela rampa da UERJ. Eles, pela estátua do Bellini. Acontece que as arquibancadas brancas ficam exatamente na entrada do Bellini, o que permite que eles as ocupem sem o menos sacrifício. Com essa sequencia de jogos de uma única torcida, reaprendemos o prazer de ver o jogo dali, do meio do campo. A branca tem estado sempre com excelente público. Isso vai se refletir nos próximos jogos do VASCO contra os rivais do Rio, numa distribuição mais homogênea da torcida por todos os setores da arquibancada, o que confere à nossa "ola", já inigualável, um aspecto ainda mais arrebatador.
Não advogo a idéia de que essa peregrinação momentânea em divisões inferiores faça mais bem do que mal. Mas, numa visão bastante pragmática, o saldo tem sido extremamente positivo, por tudo já colocado acima, e em outras oportunidades. Resta agora saber capitalizar de forma produtiva, com a ambição proporcional à nossa vitoriosa história, toda essa herança de amor e paixão latentes, que o purgatório tem nos legado.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* O fato de o mandante do jogo amanhã ser o adversário não pode, nem deve, diminuir o entusiamo do torcedor vascaíno. Temos a obrigação de apoiar o time, que vem fazendo por onde merecer esse apoio.
* Se nossa ambição for proporcional à nossa história, podemos e devemos investir em jogadores como Ronaldinho Gaúcho e Juninho, para montar um time capaz de conquistar todos os títulos que são devidos à nossa imensa torcida.
* Assis, irmão e procurador de Ronaldinho Gaúcho, é ex- jogador do VASCO e tem ótimo trânsito em São Januário. Não é impossível uma composição de empresários para , à exemplo do Corinthians, repatriar o craque e dar a ele um clube à altura do seu talento...
* Contamos com o profissionalismo e criatividade da nossa diretoria para montar esse elenco, capaz de recolocar o VASCO na trilha das conquistas.
Mas há uma grata herança surgindo em meio a tanto sofrimento e tristeza. Hoje, testemunhei uma cena que tem se tornado comum. Duas senhoras, em locais e momentos distintos, envergavam com orgulho, como faziam supor suas expressões, camisas do VASCO. A primeira usava uma camisa "O Sentimento Não Pode Parar". A segunda, uma camisa oficial. Duas senhoras respeitáveis, de meia idade, usando camisa de um clube de futebol. Do VASCO. Que espécie de sentimento leva duas pessoas assim a envergarem a camisa do seu clube de coração? Logo do clube que disputa o campeonato da segunda divisão?
Pois é dessa herança que falo. Nunca o VASCO esteva tão próximo de sua torcida. Esse fenômeno, da desgraça consumada alimentando paixão e compaixão, já foi observado em outras ocasiões. O exemplo mais recente mostrou a torcida do Corinthians abraçando seu clube. Mas, em ocasiões anteriores, esse fenômeno já tinha se manisfestado. Acontece que, com o VASCO, a coisa tem um outro elemento: não há mais a figura controvertida de Eurico Miranda, que emprestava sua antipatia ao VASCO, ao ponto de afastar de nossa torcida vascaínos, ou vascaínas, como as senhoras retratadas acima. Resolvida essa equação, encontramos, como resultado, 80.000 pessoas no Maracanã para assistir VASCO x Ipatinga.
É uma herança suficientemente boa para aplacar o sofrimento de ter passado todo o segundo semestre jogando às terças, sextas e sábados. Mas ainda é pouco. É pouco diante da grandeza do VASCO. Explico: O Santa Cruz, jogando no Arruda pela série D, teve uma média de 38.246 torcedores por jogo. O Atlético Mineiro, por sua vez, tem até agora uma média de 36.717 torcedores jogando como mandante no Mineirão. O VASCO tem o triplo de torcida que os dois somados. Sei que nossa torcida é espalhada por todo o Brasil. Sei também que lotamos quase todos os jogos onde figuramos como visitantes - na maioria das vezes com mais torcida que o time da casa. Mas nossa média é de 20.655 torcedores por jogo. Ok, São Januário estava limitado a 18.000 espectadores. Nossa média em jogos no Maracanã se eleva a incríveis 50.635 pagantes. Mas temos a obrigação, nos (provavelmente) 2 jogos que faltam no Maracanã, de elevar essa média e bater o recorde de público, que já é nosso. Isso está à altura da nossa grandeza.
Outra herança que merece ser comemorada é o reencontro da torcida vascaína com o Maracanã. Quem conhece a geografia do Maraca, sabe que para nossa torcida ocupar as arquibancadas brancas, implica em dar meia volta no anel da arquibancada. Isso porque só VASCO e mulambos possuem lugar cativo nas arquibancadas do estádio Mario Filho. Entramos sempre pela rampa da UERJ. Eles, pela estátua do Bellini. Acontece que as arquibancadas brancas ficam exatamente na entrada do Bellini, o que permite que eles as ocupem sem o menos sacrifício. Com essa sequencia de jogos de uma única torcida, reaprendemos o prazer de ver o jogo dali, do meio do campo. A branca tem estado sempre com excelente público. Isso vai se refletir nos próximos jogos do VASCO contra os rivais do Rio, numa distribuição mais homogênea da torcida por todos os setores da arquibancada, o que confere à nossa "ola", já inigualável, um aspecto ainda mais arrebatador.
Não advogo a idéia de que essa peregrinação momentânea em divisões inferiores faça mais bem do que mal. Mas, numa visão bastante pragmática, o saldo tem sido extremamente positivo, por tudo já colocado acima, e em outras oportunidades. Resta agora saber capitalizar de forma produtiva, com a ambição proporcional à nossa vitoriosa história, toda essa herança de amor e paixão latentes, que o purgatório tem nos legado.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
* O fato de o mandante do jogo amanhã ser o adversário não pode, nem deve, diminuir o entusiamo do torcedor vascaíno. Temos a obrigação de apoiar o time, que vem fazendo por onde merecer esse apoio.
* Se nossa ambição for proporcional à nossa história, podemos e devemos investir em jogadores como Ronaldinho Gaúcho e Juninho, para montar um time capaz de conquistar todos os títulos que são devidos à nossa imensa torcida.
* Assis, irmão e procurador de Ronaldinho Gaúcho, é ex- jogador do VASCO e tem ótimo trânsito em São Januário. Não é impossível uma composição de empresários para , à exemplo do Corinthians, repatriar o craque e dar a ele um clube à altura do seu talento...
* Contamos com o profissionalismo e criatividade da nossa diretoria para montar esse elenco, capaz de recolocar o VASCO na trilha das conquistas.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
ÁGUAS TRANQUILAS
E a Nau navega agora em águas mais tranquilas. Na verdade, bem mais tranquilas. Considerando a estatística, podemos afirmar que o VASCO já retornou à 1ª divisão. Sei que dona matemática lembra que o imponderável não é irmão gêmeo do impossível. Mas convenhamos, dos 13 jogos restantes, dos quais 7 no Rio, basta vencer 5. Ou ainda, vencer 4 e empatar 3. É bom lembrar que dos 41 jogos que disputou esse ano, o VASCO só perdeu 5. É isso mesmo, esse ano o VASCO só conheceu a derrota em 5 jogos, dos muitos que disputou. Como esperar que agora, em 13, o VASCO perca mais de 8? Essa é a lição da estatística e seus desvios padrões que, esse ano, veste a Cruz de Malta.
Essa regularidade do VASCO que tornou possível o retorno sem sustos. Porque futebol vistoso, foi escasso. Lembro de poucas partidas esse ano em que o VASCO jogou tranquilo, com domínio do jogo do início ao fim. Mais escassos ainda foram os jogos em que apresentamos um futebol bonito, daqueles de encher os olhos. Espero que com o ascenso matematicamente garantido, o time se solte, e, livre das amarras do peso dessa responsabilidade, jogue esse futebol alegre, moleque e bonito que é a marca do VASCO de minhas lembranças.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!
Curtas
* Lembrar não custa nada: Tá tudo muito bom, tudo muito bonito, mas precisamos de reforços para tornar nosso time candidato ao título da série A 2010.
* Tá no quadro de avisos em São januário:
- Missão I - Voltar à série A (ok)
- Missão II - Título da série B (em andamento)
- Missão III - Melhor campanha da história da série B (em andamento)
* Será que a globo aprendeu que com a torcida do VASCO não se brinca? Prepararam a festa para os mulambos. Quem fez a festa foi a fantástica torcida do VASCÃO. De novo. Até o fim do ano, eles vão ter mais umas 6 chances de bater o recorde. Só que o VASCO também.
* Em três jogos pela série B no Maracanã esse ano, a fantástica torcida do VASCÃO tem a impressionante média de mais de 50.000 pagantes. E acho que até o final essa média ainda sobe...
Essa regularidade do VASCO que tornou possível o retorno sem sustos. Porque futebol vistoso, foi escasso. Lembro de poucas partidas esse ano em que o VASCO jogou tranquilo, com domínio do jogo do início ao fim. Mais escassos ainda foram os jogos em que apresentamos um futebol bonito, daqueles de encher os olhos. Espero que com o ascenso matematicamente garantido, o time se solte, e, livre das amarras do peso dessa responsabilidade, jogue esse futebol alegre, moleque e bonito que é a marca do VASCO de minhas lembranças.
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!
Curtas
* Lembrar não custa nada: Tá tudo muito bom, tudo muito bonito, mas precisamos de reforços para tornar nosso time candidato ao título da série A 2010.
* Tá no quadro de avisos em São januário:
- Missão I - Voltar à série A (ok)
- Missão II - Título da série B (em andamento)
- Missão III - Melhor campanha da história da série B (em andamento)
* Será que a globo aprendeu que com a torcida do VASCO não se brinca? Prepararam a festa para os mulambos. Quem fez a festa foi a fantástica torcida do VASCÃO. De novo. Até o fim do ano, eles vão ter mais umas 6 chances de bater o recorde. Só que o VASCO também.
* Em três jogos pela série B no Maracanã esse ano, a fantástica torcida do VASCÃO tem a impressionante média de mais de 50.000 pagantes. E acho que até o final essa média ainda sobe...
domingo, 13 de setembro de 2009
DA EXCELÊNCIA, AO RIDÍCULO
Durante muitos anos a TV Globo foi referência de qualidade no país. O elogiado "Padrão Globo de Qualidade" foi, talvez, o primeiro ISO9000 da indústria brasileira. Óbvio que esta constatação não tem viés ideológico. Caso assim fosse, os elogios não surgiriam tão abundantes. Na verdade, não surgiriam nem escassamente. Mas é fato que, considerando exclusivamente a qualidade de suas produções, a Globo criou uma expectativa de excelência que, de certa forma, fez bem à televisão brasileira. As outras emissoras, ávidas por uma pequena fatia do milionário mercado publicitário, tiveram que investir em qualidade. Esse movimento melhorou as produções e nos deu pérolas, não globais, como "Pantanal", novela da extinta Rede Manchete, fartamente elogiada à época.
Pois bem, esses tempo se foram. Pelo menos no esporte. As mil câmeras, os recursos de computação gráfica e outros avanços tecnológicos ainda dão a sensação de excelência. Mas eis que o locutor-mor abre a boca...lá se vai o tal "Padrão Globo de Qualidade".
Nesse fim de semana, resignado, assisti duas atrações ancoradas pelo Galvão Bueno. É triste constatar como esse senhor fica senil a cada nova transmissão. Pela manhã, no Grande Prêmio de Ímola, ele se esgoelava pateticamente tentando emprestar emoção a uma situação evidentemente previsível. Rubens Barrichelo, sem graça por natureza, liderava a prova 5 segs a frente do seu companheiro de equipe, Jenson Button. Faltavam duas voltas para o final da corrida. A vitória era evidente. Salvo acidentes, Rubinho não seria mais alcançado. Mas mestre Galvão continuava prevendo uma possível contenda entre Barrichello e o segundo colocado. Foi constrangedor. Em respeito à justiça, quero dizer que me emocionei várias vezes com suas narrações de vitórias inesquecíveis de Ayrton Senna e Nelson Piquet. Mas não é de hoje que a senilidade do Galvão tem se tornado explícita. Basta lembrar a tristeza que tem sido suas narrações em jogos da seleção brasileira, em que ele se arvora da posição de porta-voz oficial da torcida brasileira.
O domingo seguiu e, se já estava ruim, ele conseguiu piorar. No fim do Esporte Espetacular, foi ao ar uma matéria em que ele conversou com Rodrigo Pessoa, o cavaleiro campeão olímpico, lá na Bélgica. Durante a entrevista, na casa de Rodrigo, ao ser apresentado à futura esposa do campeão, Galvão Bueno criou uma tremenda saia justa ao provocar a moça a falar umas poucas palavras em português, mesmo sabendo, pelo próprio Rodrigo, instantes antes, que ela não falava patavinas da nossa língua. Nem suas piadas infames conseguiram desfazer o mal estar causado pela sua costumeira falta de bom senso.
Não é possível que ninguém do jornalismo esportivo da Globo não tenha percebido ainda que o narrador tem exagerado sistematicamente em suas demonstrações de patriotismo. Demonstrações que ultrapassam o ridículo e constrangem o telespectador.
Curtas:
* E a Nau Vascaína vai velejando em direção à terra firme. Não tem sido uma viagem livre de sustos. Mas o timoneiro dá a impressão que tem o leme firme nas mãos, e que as tempestades eram previsíveis e, consequentemente, foram consideradas na hora de traçar a melhor rota.
* Disseram que os quase 80 mil vascaínos presentes ao Maraca contra o Ipatinga não teriam ido não fosse o aniversário do clube e a oportunidade, à época, de pular para a liderança. Dia 19/09 a torcida tem uma oportunidade para provar que não precisa de muitos motivos para lotar o estádio. A imensa paixão pelo clube já basta.
Pois bem, esses tempo se foram. Pelo menos no esporte. As mil câmeras, os recursos de computação gráfica e outros avanços tecnológicos ainda dão a sensação de excelência. Mas eis que o locutor-mor abre a boca...lá se vai o tal "Padrão Globo de Qualidade".
Nesse fim de semana, resignado, assisti duas atrações ancoradas pelo Galvão Bueno. É triste constatar como esse senhor fica senil a cada nova transmissão. Pela manhã, no Grande Prêmio de Ímola, ele se esgoelava pateticamente tentando emprestar emoção a uma situação evidentemente previsível. Rubens Barrichelo, sem graça por natureza, liderava a prova 5 segs a frente do seu companheiro de equipe, Jenson Button. Faltavam duas voltas para o final da corrida. A vitória era evidente. Salvo acidentes, Rubinho não seria mais alcançado. Mas mestre Galvão continuava prevendo uma possível contenda entre Barrichello e o segundo colocado. Foi constrangedor. Em respeito à justiça, quero dizer que me emocionei várias vezes com suas narrações de vitórias inesquecíveis de Ayrton Senna e Nelson Piquet. Mas não é de hoje que a senilidade do Galvão tem se tornado explícita. Basta lembrar a tristeza que tem sido suas narrações em jogos da seleção brasileira, em que ele se arvora da posição de porta-voz oficial da torcida brasileira.
O domingo seguiu e, se já estava ruim, ele conseguiu piorar. No fim do Esporte Espetacular, foi ao ar uma matéria em que ele conversou com Rodrigo Pessoa, o cavaleiro campeão olímpico, lá na Bélgica. Durante a entrevista, na casa de Rodrigo, ao ser apresentado à futura esposa do campeão, Galvão Bueno criou uma tremenda saia justa ao provocar a moça a falar umas poucas palavras em português, mesmo sabendo, pelo próprio Rodrigo, instantes antes, que ela não falava patavinas da nossa língua. Nem suas piadas infames conseguiram desfazer o mal estar causado pela sua costumeira falta de bom senso.
Não é possível que ninguém do jornalismo esportivo da Globo não tenha percebido ainda que o narrador tem exagerado sistematicamente em suas demonstrações de patriotismo. Demonstrações que ultrapassam o ridículo e constrangem o telespectador.
Curtas:
* E a Nau Vascaína vai velejando em direção à terra firme. Não tem sido uma viagem livre de sustos. Mas o timoneiro dá a impressão que tem o leme firme nas mãos, e que as tempestades eram previsíveis e, consequentemente, foram consideradas na hora de traçar a melhor rota.
* Disseram que os quase 80 mil vascaínos presentes ao Maraca contra o Ipatinga não teriam ido não fosse o aniversário do clube e a oportunidade, à época, de pular para a liderança. Dia 19/09 a torcida tem uma oportunidade para provar que não precisa de muitos motivos para lotar o estádio. A imensa paixão pelo clube já basta.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
ÓDIO ETERNO AO FUTEBOL "MODERNO"
O assunto é recorrente. Aqui mesmo já conversamos sobre isso, ou, pelo menos, sobre algumas implicações da excessiva mercantilização daquilo que outrora já foi uma paixão verdadeiramente popular. A corrente majoritária, que advoga os benefícios do tal futebol "moderno", é tão eficiente em seu discurso que já ouvi pessoas de baixa renda, ex-geraldinos, dizendo que assistir jogo em pé, na antiga geral, é realmente indigno...Vejam só, aquele que, durante anos e anos, encantou a todos com sua espontaneidade e criatividade, agora, repetindo o discurso empolado desses que querem acabar com a alma do futebol, se insurje contra o lugar do estádio onde essa alma viveu com mais intensidade. Não porque ele pensa realmente assim. Isso é apenas uma mostra de como é poderoso o discurso desses que hoje comandam o futebol. Poderoso, graças à fortuna que esses bizinesmen conseguem extrair do futebol, justamente segregando da festa esses humildes que, inadvertidamente, ainda compram seu discurso.
Imaginava eu, na minha ignorância, que era voz solitária na defesa do futebol que presenciei na infância. Aquelas festas memoráveis, num Maracanã lotado por mais de 120 mil pessoas, que tantas vezes assisti in loco, são para mim um ícone incontestável do verdadeiro futebol. Esse esporte é, talvez, o único a congregar em suas fileiras de admiradores e praticantes representantes de todas as classes sociais, em todos os quatro cantos do mundo. E agora estão tratando de afastá-lo dos menos favorecidos, justamente aqueles que melhor sintetizam a alma desse esporte. Descobri há alguns meses que há outros tantos que, como eu, também se insurjem contra esse futebol de cifras, esse futebol sem alma.
Não vou me estender mais. Prefiro passar a palavra para quem discorre sobre o assunto com muito mais eloquencia e autoridade que eu.
Recomendo Barneschi:
*Argentina, onde o futebol vive!
*Javari, onde vive o futebol
E todos os textos que você quiser ler.
Recomendo esse vídeo, que reproduzo, mas que foi postado originalmente em Cruz de Savóia
Recomendo Claudio Yida Jr.
ABAIXO O FUTEBOL MODERNO !!!
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
*Dando um chute na rivalidade Rio-São Paulo, fico me perguntando por que colocar o derby paulista PALMEIRAS x CORINTHIANS em Ribeirão Preto, Presidente Prudente e afins, e não colocá-lo no MARACA. Será um jogão à altura do maior do mundo e, em tempos de vacas magras, uma oportunidade rara para o carioca ver uma partida que vale título brasileiro...
Imaginava eu, na minha ignorância, que era voz solitária na defesa do futebol que presenciei na infância. Aquelas festas memoráveis, num Maracanã lotado por mais de 120 mil pessoas, que tantas vezes assisti in loco, são para mim um ícone incontestável do verdadeiro futebol. Esse esporte é, talvez, o único a congregar em suas fileiras de admiradores e praticantes representantes de todas as classes sociais, em todos os quatro cantos do mundo. E agora estão tratando de afastá-lo dos menos favorecidos, justamente aqueles que melhor sintetizam a alma desse esporte. Descobri há alguns meses que há outros tantos que, como eu, também se insurjem contra esse futebol de cifras, esse futebol sem alma.
Não vou me estender mais. Prefiro passar a palavra para quem discorre sobre o assunto com muito mais eloquencia e autoridade que eu.
Recomendo Barneschi:
*Argentina, onde o futebol vive!
*Javari, onde vive o futebol
E todos os textos que você quiser ler.
Recomendo esse vídeo, que reproduzo, mas que foi postado originalmente em Cruz de Savóia
ABAIXO O FUTEBOL MODERNO !!!
SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Curtas:
*Dando um chute na rivalidade Rio-São Paulo, fico me perguntando por que colocar o derby paulista PALMEIRAS x CORINTHIANS em Ribeirão Preto, Presidente Prudente e afins, e não colocá-lo no MARACA. Será um jogão à altura do maior do mundo e, em tempos de vacas magras, uma oportunidade rara para o carioca ver uma partida que vale título brasileiro...
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