DESMONTANDO O CIRCO.

O show da FIFA acabou. Exatamente como deveria acabar, com um jogo modorrento, feio, cheio de violência e o placar mínimo de 1 x 0 para a Espanha. Fiz algumas previsões. Errei todas, com exceção daquela em que afirmava que o Brasil não seria campeão. Mértito? Nenhum. Essa previsão era muito mais fruto da paixão do verdadeiro torcedor, que torce sempre pelo verdadeiro futebol, que propriamente da minha questionável capacidade de adivinhação - aliás, considerando apenas meus dotes premonitórios, o polvo me ganha longe - Passei perto com a Holanda, citada por mim como uma provável campeã, ao lado da Argentina. Pois a Holanda fez ótima copa, se apequenando, entretanto, pela terceira vez, na final. Uma pena; a Espanha representa o futebol que eu mais desprezo: o do poder econômico, do marketing agressivo, do futebol tratado como negócio até às últimas consequencias. De tanto importarem craques, incapazes que são de produzí-los, parece que enfim aprenderam alguma coisa. Nem que tenha sido apenas isso - jogar o necessário para vencer a copa. A vitória do pragmatismo, entediante a todos que amamos o verdadeiro futebol e não somos espanhóis.

Seguindo a linha da derrocada do verdadeiro futebol, a copa do mundo foi muito bem secundada por notícias que colaboram, e muito, para o fim irremediável do velho e bom esporte bretão. Pelo menos daquele que eu aprendia a amar e apreciar. O fim do já saudoso Palestra Itália, palco de jornadas memoráveis do grande Palmeiras e de momentos inesquecíveis para todo vascaíno e amante do bom futebol, puxou a lista. Lá, será erguida uma arena multiuso. Seja lá o que isso significa, soa mal demais. Não combina com paixão e alma, os dois principais ingredientes do verdadeiros futebol. Houve ainda a aprovação pelo senado da lei exdrúxula que proíbe palavrões em estádio. Vejam só, senhores - Não posso mais xingar no estádio. Vou lá fazer o que, então? Nunca me imaginei usando o "Papo" para a redundância que é falar mal da classe política brasileira, em especial do Congresso Nacional. É tão óbvio falar mal de deputado e senador !!! Eu, que detesto o óbvio, sempre deixei para os amigos a tarefa indispensável de baixar o sarrafo nessa classe abjeta de sanguessugas. Mas me sinto obrigado, face a essa lei estúpida, a tecer alguns comentários. Será que há alguma lei que proíbe o xingamento dentro do próprio Senado? Será que existe alguma lei que proibe a indecência que é o salário de 16 mil para um motorista? Será que existe alguma lei que iniba o pagamento de horas extras para os funcionários legislativos, em tempos de recesso parlamentar? Será, será, será...Encho a página com demonstrações de falta de envergadura moral do Congresso para propor uma lei idiota como essa. Vão caçar o que fazer, e deixem o torcedor em paz !!!

O longo tempo sem postar fez acumular uma série de assuntos que merecem alguma observação mais cuidadosa. Prometo que coloco a briga no lugar ainda esta semana.

SAUDAÇÕES VASCAÍNAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Curtas:

* O novo VASCO promete.

* Felipe e Cazalber são foras-de-série; Zé Roberto e Éder Luís são acima da média. O resto do elenco é ao menos competitivo. Acho que agora vai.

* Enfim, o futebol volta aos seus verdadeiros donos...