Escrevo sob o impacto do Globo Esporte que acabei de ver. O programa termina com imagens do novo Maracanã, como vozes de fundo de narradores antigos, e outros nem tanto, que relembram gols antológicos, em partidas não menos antológicas, revivendo uma época em que o Maracanã ainda tinha alma. Se a intenção da edição era fortalecer a magia do estádio errou feio. O novo Maracanã, asséptico, em nada se parece com aquele, cheio de emoção, ao fundo daquelas narrações.
Tive ímpeto de fazer a promessa de nunca mais pisar naquele lugar que já foi quintal da minha casa. Não posso fazer isso; meu amor ao Vasco é ainda maior que meu repúdio a toda essa modernidade imbecil e elitista.
O futebol não precisa dessa modernidade. Aliás, o futebol, em sua essência, morre exposto a ela.
Ingresso mais barato a R$ 150,00, obrigação de assistir ao jogo sentado, lugar marcado...
"O Maraca é nosso" é o caralho.
O Maraca já foi nosso. Agora é deles. Dos que se apossaram do futebol, tomando do povo sua mais legítima representação.